Mirando energia limpa, BNDES financia projeto eólico da WEG
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Proposta é criação de um novo gerador, menos poluente e mais potente.
Seguindo uma diretriz apontada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo após vencer as eleições, quando prometeu mais investimentos em energia limpa, o BNDES anuncia nesta quinta-feira (10) uma parceria com a WEG para financiar R$ 59 milhões no desenvolvimento de um aerogerador que vai produzir energia mais eficiente em parques eólicos.
Segundo o banco de desenvolvimento, o equipamento de alta potência será o maior em operação no mercado nacional e vai possibilitar a redução de investimentos na instalação de novos parques e na emissão de carbono.
A fabricação do aparelho está prevista para o final do ano que vem. Os recursos com o financiamento sairão do Finem (Fundo Clima) e serão usados no desenvolvimento, fabricação, transporte e instalação do gerador, além da compra de componentes para a produção de um protótipo para testes de campo e certificação.
De acordo com o BNDES, o equipamento utilizará uma tecnologia que permitirá a otimização no peso dos componentes e maior confiabilidade operacional. O sistema também será adaptável a diferentes redes de energia, permitindo a exportação para outros países.
A potência será de 7.0 MW (megawatts) e o diâmetro de rotor das pás será de 172 metros —atualmente, a WEG produz modelos de 4.2 MW e 147 metros de rotor.
"O BNDES é um dos maiores financiadores de energia limpa do mundo e teve papel estruturante para viabilizar a matriz de energia eólica no Brasil, não apenas por meio do apoio a projetos de parques eólicos mas também do financiamento à produção de equipamentos para esses parques. Esta nova operação busca inovar por meio da produção de aerogeradores mais eficientes, o que vai ao encontro das novas diretrizes estratégicas do Banco de ter uma economia mais próspera, verde, digital e inclusiva", disse José Luis Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo do BNDES (Folha de S.Paulo, 11/5/23)