30/10/2018

Missão do Brasil em 2019 é ser menos agressivo na produção de açúcar

Missão do Brasil em 2019 é ser menos agressivo na produção de açúcar

A possível queda no processamento de açúcar em países como Índia, Tailândia, Paquistão e os da Europa pode incentivar as usinas brasileiras a elevar a produção no ano que vem, diz a gerente de Inteligência de Mercado da Raízen, Mariangela Grola – Foto -. Ela, porém, adverte que se o Brasil "exagerar" no aumento da produção os preços internacionais da commodity, cotados na Bolsa de Nova York, podem sair dos atuais 13 cents e voltar a 10 cents por libra-peso. "A missão do Brasil em 2019 é ser um pouco menos agressivo no aumento de produção de açúcar" para não fazer com que este mercado volte a ter patamares elevados de superávit no balanço global de oferta e demanda, afirmou a executiva durante a 18ª Conferência Internacional Datagro, realizada na capital paulista.

Considerando que a manutenção na política de preços da gasolina gera uma expectativa positiva para as cotações do etanol, o que leva a um mix de produção mais alcooleiro, Mariangela diz que, "em um olhar preliminar", seria possível estimar o total de 25 milhões de toneladas de açúcar para a produção brasileira da próxima safra do Centro-Sul, de 2019/20. "Mas com essas puxadas (pra cima) de preço já é possível imaginar uma moagem de 28 milhões de toneladas."

Quando ao mercado do petróleo, que influencia tanto os preços externos do biocombustível quanto os do açúcar, a perspectiva é de um cenário positivo. "Volta e meia podemos ver solavancos causados por um tuíte de Donald Trump (presidente dos EUA), mas em linhas gerais os fundamentos para o petróleo são de preços construtivos", afirma a executiva da Raízen (Broadcast, 29/10/18)