Monitoramento digital: uma ferramenta para os canaviais
Controle é fundamental para bons resultados da cana-de-açúcar, que exige aplicação área na maior parte plantação.
Para que o Brasil desempenhe seu papel de protagonista no setor agrícola, as ferramentas digitais são imprescindíveis, ainda mais no segmento sucroalcooleiro. As análises oferecidas pelo monitoramento agrícola aéreo estão entre os destaques desse cenário tecnológico no campo, pois auxiliam o bom retorno da produtividade e incrementam a qualidade da planta para que o produtor obtenha resultados satisfatórios.
“A importância do monitoramento agrícola aéreo no setor canavieiro é fundamental para uma boa aplicação dos defensivos agrícolas, garantindo, assim, que o canavial expresse todo o seu potencial produtivo. Apenas com essa ferramenta, o produtor é capaz de obter informações sobre aplicações, sobreposição, desperdício e áreas de acerto e falha durante o manejo da cultura”, orienta Fernando Rossetti, engenheiro agrônomo e diretor comercial da Perfect Flight, startup pioneira no segmento no Brasil.
De acordo com dados divulgados em fevereiro pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), em São Paulo, a safra 2016/17 registrou alta de 2,6% frente ao ciclo de cana anterior, atingindo o volume de 450,1 milhões de toneladas. Já a área plantada registrou avanço de 0,8% e a produtividade cresceu 2%, registrando, aproximadamente, 80,4 toneladas por hectare. Rossetti pontua que os números poderiam ser melhores se todos os produtores já utilizassem a tecnologia de monitoramento a favor dos negócios.
“A partir de determinado estágio, a cana-de-açúcar possui uma grande necessidade de depósito de produtos via aérea, devido ao porte da planta. Além disso, as lavouras estão instaladas em diversos tipos de relevo, o que torna muito difícil a aplicação”, explica o engenheiro agrônomo. Ele ainda ressalta que “um dos principais problemas observado é o excesso de sobreposição, e com pequenos ajustes no GPS da aeronave é possível tanto melhorar os números de produto dispensado quanto incrementar o serviço. O que resulta em mais ganhos para o produtor”.
Outro fato a ser citado são as aplicações em áreas de restrição ambiental. Os agricultores têm à disposição softwares que criam arquivos de voo que facilitam a aplicação apenas nas áreas corretas, e devem aproveitar disso. “Com o monitoramento, o manejo fica muito mais assertivo, tanto que os índices de acerto chegam a 65% e apresentam rendimentos superiores a 15%, de acordo com avaliações da Perfect Flight”, diz o Rossetti.
Aliada do agronegócio, a tecnologia auxilia o produtor para um direcionamento mais correto, com práticas de manejo adequadas para cada diagnóstico oferecido pela ferramenta de monitoramento agrícola aéreo. “Por exemplo, é possível avaliar a quantidade de falhas no canavial e ter o número preciso de plantas faltantes nesses locais, bem como a metragem total das áreas sem cultivo. Informações como essas, atualizadas e com elevado grau de precisão, permitem ao produtor um rigor muito mais favorável na análise dos problemas e na tomada de decisões”, completa Rossetti.
Perfect Flight
Pioneira no monitoramento agrícola aéreo no Brasil, a Perfect Flight promove, por meio de um aplicativo, a análise de dados essenciais para minimizar desperdícios, reduzir custos, aprimorar o espaço de aplicação e aumentar a produtividade da agricultura nacional.
Em apenas dois anos de atividade, a empresa monitorou mais 32 mil talhões e 554 mil hectares no Brasil. O aplicativo detecta falhas na plantação, realiza o levantamento de dados de área aplicada (externa e interna) e não aplicada, e também de talhões, e identifica erros de dose. Além disso, a ferramenta observa detalhadamente as propriedades por meio de mapas georreferenciados, que permitem um diagnóstico preciso a partir da análise das imagens obtidas.
O diretor comercial da Perfect Flight, Fernando Rossetti, afirma que “o objetivo é permitir ao produtor controle fácil e eficiente das aplicações aéreas, assim como a possibilidade de criar mapas de pré-aplicação, por meio de arquivos para o GPS da aeronave”.
Rossetti finaliza explicando que “com a ferramenta, já diagnosticamos que os principais erros no Brasil são o excesso de sobreposição e as aplicações fora do perímetro correto. Já o índice de acerto encontra-se por volta de 70%” (Assessoria de Comunicação, 8/3/18)