Novo biodiesel vai abastecer 'a maioria' da frota de ônibus do DF até 2019
Hoje, só nove veículos rodam com o B20 – ainda menos poluente do que o biocombustível mais comum.
A Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal prometeu, nesta sexta-feira (16), abastecer "a maioria" dos cerca de 2,7 mil ônibus da capital com o biodiesel B20 até o ano que vem. Por enquanto, apenas nove veículos recebem esse biocombustível, ainda menos poluente que o biodiesel tradicional.
O anúncio foi feito pelo atual chefe da pasta, Fábio Damasceno. Questionado, ele não soube informar um cronograma exato para a substituição do biodiesel pela versão B20.
A diferença do B20 para os biocombustíveis já utilizados na frota do DF está no percentual gerado a partir de recursos ditos "limpos" – por exemplo, óleos animais e gorduras. O número 20 se refere à alíquota dessas matérias-primas, de 20%, o dobro do que existe no biodiesel convencional.
Produção nacional
O B20 a ser utilizado nos ônibus deve ser produzido no Brasil. Além de adotar o consumo, o governo do DF diz haver expectativa de produção do biodiesel na capital federal.
Segundo estimativa do Ministério do Minas e Energia, a produção interna do biodiesel representa economia de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões aos cofres nacionais.
O diretor-superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene, Donizete Tokarski, comemorou a adoção do B20 no DF. “Brasília deu um exemplo de pioneirismo, mais uma vez. Assim como o respeito à faixa de pedestres, a cidade virou referência no restante do país em uso dos biocombustíveis nos ônibus” (G1, 16/3/18)