06/12/2017

O alto preço de um presidente da República

O alto preço de um presidente da República

O financiamento eleitoral em 2018, notadamente na disputa à Presidência da República, é, desde já, motivo de preocupação multipartidária. O custo para se chegar ao Palácio do Planalto promete ser o mais alto da história, com um agravante: será a primeira eleição para presidente sem doação de pessoas jurídicas – para não falar do esperado grau de vigilância da Justiça sobre o vai e vem do dinheiro.

 

Segundo o RR apurou, PT e PSDB, os dois partidos hegemônicos nas últimas seis eleições presidenciais, já projetam gastos de mais de R$ 400 milhões cada um. Para efeito de comparação, trata-se de uma cifra 25% superior às despesas da campanha de Dilma Rousseff declaradas ao TSE em 2014 – R$ 318 milhões. O aumento se deve, em grande parte, ao crescente e estratégico uso das redes sociais.

 

O ambiente digital promete ser uma explosiva trincheira de batalha, seja pelo seu alcance e poder de influência, seja por se tratar de um território propício para o trabalho de desconstrução de adversários. De acordo com informações filtradas do PT, os marqueteiros do partido estimam que o desembolso apenas para impulsionar a campanha presidencial no Facebook será da ordem de R$ 20 milhões.

 

Este, ressalte-se, pode ser considerado o “custo Lula”. Alavancar um candidato com menos recall - caso de qualquer outro nome – custará ainda mais (Relatório Reservado, 5/12/17)