24/09/2024

Oposição pede intervenção na Faesp e denuncia falsa comunicação de advogada

Foto Paulo Junqueira Divulgação

 

O coordenador da chapa de oposição “Nova Faesp”, Paulo Junqueira, divulgou no início da tarde desta 2ª feira (23) através das redes sociais, mensagem dirigida aos presidentes de sindicatos rurais e produtores paulistas a intervenção na Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar, onde Tirso Meirelles, filho de Fábio de Salles Meirelles que dirigiu por quase meio século a entidade, tenta se manter como seu sucessor em que pese a anulação da sua eleição por irregularidades no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

 

“Para aqueles que estão acompanhando o impasse criado por este grupo que tenta se manter a qualquer custo no comando da maior e mais importante federação de produtores rurais do País, as sucessivas vitórias que temos alcançado no âmbito da Justiça do Trabalho não deixam dúvida da consistência e relevância dos argumentos e provas incontestáveis e que não permitiram isonomia na eleição do último mês de dezembro. São tão apegados que querem se manter no poder sem respeitar os princípios democráticos e éticos”, afirma Paulo Junqueira.

 

Foto Paulo Junqueira-Divulgação

 

Ele lembra que a tentativa de “auto posse” de Tirso Meirelles, em grandiosa e festiva cerimônia no Theatro Municipal de São Paulo agendada para o último dia 14 de abril, acabou sendo cancelada por determinação do TRT-2 a partir de ação proposta por ele, demonstrou que os métodos implantados por Fábio de Salles Meirelles na Faesp/Senar correm o risco de serem mantidos em que pesem as reiteradas denúncias de desvios de finalidade e irregularidades divulgadas como “escândalos” pela grande mídia paulista e nacional.

 

Foto Reprodução-Blog Gazeta do Povo-Willian Meira

  

Na sua mensagem, Paulo Junqueira que é advogado, empresário do agronegócio e presidente do Sindicato e da Associação Rural de Ribeirão Preto e da Assovale – Associação Rural do Vale do Rio Pardo, denuncia também que “uma advogada – referindo-se à dra. Ângela V. Gandra da Silva Martins, OAB/SP 161.375, gerente do Departamento Jurídico e Internacional da Faesp/Senar – veio a publico através de um vídeo dizendo que a nulidade da eleição não procedia e que Tirso Meirelles continuava sendo o presidente da entidade”.

 

O cronograma desta última decisão do TRT-2 não deixa dúvidas de que a advogada omitiu uma decisão judicial ao tentar negá-la em mensagem dirigida aos presidentes de sindicatos rurais paulistas:

 

4/9: TRT-2 anuncia a decisão que mantém a nulidade da eleição na Faesp/Senar com unanimidade de votos da 10ª Turma

 

16/9: O Site e Clipping Brasilagro publica a notícia e a íntegra da decisão do Tribunal

 

17/9: Faesp/Senar é notificada da decisão do TRT-2

 

19/9: Vídeo da advogada Ângela Gandra da Silva Martins é distribuído aos presidentes dos sindicatos rurais paulistas onde ela nega que o TRT-2 anulou a eleição

 

19/9: No mesmo dia em que a advogada nega a decisão do TRT-2, ela e mais outros cinco advogados da Faesp/Senar protocolam no mesmo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, “Recurso de Revista com Pedido de Efeito Suspensivo e Devolutivo”.

 

“É profundamente lamentável que os fatos que estamos denunciando manchem ainda mais a imagem da Faesp/Senar. Vale relembrar que no início do exercício de 2024, todos os sindicatos que integram a chapa de oposição “Nova Faesp”, foram retaliados nas verbas federais do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Os cortes impostos apenas aos nossos sindicatos variaram de percentuais de 60% a 80%. A impressão que fica é que a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, cujo presidente João Martins também preside o Conselho Deliberativo do Senar, faz vistas grossas às irregularidades que vem sendo cometidas no âmbito da Faesp”, acrescenta Paulo Junqueira.

 

“Reitero que a eleição foi anulada, os advogados da Faesp/Senar estão entrando com recurso e pleiteando o efeito suspensivo. Nós, da chapa de oposição, exigiremos que a legislação seja cumprida e vamos perseguir a intervenção na Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. Informo ainda que crescem as adesões de presidentes de sindicatos que até há pouco apoiavam o “Clã Meirelles” e que, com todas as denúncias estão mudando de opinião. Não é possível que desvios e desmandos, continuem manchando a imagem dos produtores rurais que representam 43,6% da economia do Estado de São Paulo”, disse.

 

Paulo Junqueira relembra que nos primeiros meses de 2024 a Balança Comercial do Agro Paulista teve alta de 23,4% e que, a partir de meados do mês passado, houve forte impacto provocado pela seca e queimadas. “Já denunciamos e repetimos que, além da omissão e incompetência do Governo Federal, estas queimadas têm as digitais de grupos de crimes organizados como o MST – Movimento dos Sem Terra e do PCC – Primeiro Comando da Capital. Temos que estar organizados para enfrentar também estas pragas além daquelas com as quais já convivemos”, concluiu (Da Redação, 23/9/24)