Petrobras terá até 15% de seus investimentos em projetos de baixo carbono
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A Petrobras decidiu que aportará em projetos de baixo carbono entre 6% e 15% do investimento total de seu Plano Estratégico 2024-2028, que está em elaboração e será publicado no fim deste ano, contra 6% no planejamento quinquenal atual, conforme comunicado ao mercado nesta quinta-feira (1º).
A faixa percentual será ainda confirmada no detalhamento da carteira de projetos que será levada à aprovação final juntamente ao novo plano em novembro, adicionou a empresa.
Poderão ser incluídos, segundo a Petrobras, projetos em energias renováveis e em descarbonização das operações, que respeitarão a governança e passarão pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, com viabilidade técnica e econômica demonstrada.
A diretriz foi um dos elementos estratégicos aprovados em reunião do conselho na véspera, que já refletem a reformulação pela qual passará a companhia sob a gestão de Jean Paul Prates, que tomou posse neste ano com a indicação do presidente Lula.
A petroleira não adiantou qual será o orçamento do novo plano.
No plano de negócios ainda vigente 2023-2027, a Petrobras previa investimentos totais de US$ 78 bilhões, sendo US$ 4,4 bilhões em projetos de baixo carbono, com ações de descarbonização, biorrefino, pesquisa e desenvolvimento, dentre outros.
"Estamos preparando a companhia para o futuro, para ser uma empresa com atuação nacional e diversificada em energia. Vamos fazer isso preservando a rentabilidade e a sustentabilidade financeira, com segurança, respeito ao meio ambiente e atenção total às pessoas", disse Prates no comunicado.
O maior investimento em ativos de menor intensidade de carbono acontece após a companhia focar fortemente, nos governos Temer e Bolsonaro, em campos de petróleo de alta rentabilidade do pré-sal.
A Petrobras destacou ainda em nota que os investimentos em baixo carbono deverão ser financiados pelo fluxo de caixa operacional, em níveis equivalentes às suas congêneres, e preferencialmente por meio de parcerias que permitam compartilhar riscos e expertise.
Tais projetos deverão buscar o retorno do investimento, redução do custo de capital, fortalecimento da Petrobras como uma empresa de energia integrada, maximizando o valor da companhia, pontuou (Folha de S.Paulo, 2/6/23)