Plantio de soja nos EUA acima da média puxa queda do preço em Chicago

Plantio de soja nos EUA chegou a 30% da área para 2025/26 — Foto Globo Rural
Já milho e trigo fecharam em alta mesmo com condições de safra favoráveis.
O plantio de milho e soja nos Estados Unidos da safra 2025/26 segue em ritmo acelerado, e sem surpresas negativas em termos de clima. Isso tem causado pressão de baixa para os preços dos grãos na bolsa de Chicago. Nas negociações da soja, os contratos com entrega para julho recuaram 0,41% nesta terça-feira (6/5), a US$ 10,4125 o bushel.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o plantio de soja no país chegou a 30% da área esperada para o novo ciclo até o último domingo (4/5). Nessa mesma época do ano passado, a semeadura alcançava 24%, e a média para os últimos cinco anos é de 23%.
Além disso, as previsões indicam um clima favorável para continuidade da instalação da safra durante esta semana, o que deve aumentar a pressão de baixa sobre as cotações, que ainda deverão seguir influenciadas pelos desdobramentos da guerra tarifária.
Milho
O milho subiu no pregão desta terça, mas minutos antes do fechamento operava em baixa, também pressionado pela aceleração do plantio em solos americanos. Os lotes do cereal para março avançaram 0,28%, para US$ 4,5550 o bushel.
Os produtores de milho dos Estados Unidos semearam 40% da área esperada para a safra 2025/26 até ontem, disse o USDA.
O ritmo dos trabalhos segue acelerado em campos americanos. Sete dias atrás o plantio alcançava 24%. Nesse mesmo período do ano passado, a semeadura atingia 35%, enquanto a média para os últimos cinco anos é de 39%.
O trigo se valorizou em Chicago, a despeito de condições favoráveis para as lavouras dos Estados Unidos. Os papéis para julho subiram 0,89%, a US$ 5,36 o bushel.
De acordo com o USDA, a semeadura de trigo de primavera nos EUA alcançou 44% da área, em linha com os 45% do ano passado, e bem superior aos 34% da média.
Sobre os cultivos de trigo de inverno, a principal safra do cereal no país, o departamento informou que 51% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, semana passada, o índice era de 49%.
A situação das lavouras aumenta a expectativa com o rendimento da safra no país, cuja colheita deve começar nas próximas semanas (Globo Rural, 6/5/25)