Polícia Federal prende o suspeito de ser o maior desmatador da Amazônia
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Segundo as investigações, Bruno Heller chefiava um esquema ilegal de invasão de terras públicas da União para transformar a floresta em pasto para gado.
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No Pará, a Polícia Federal prendeu o suspeito de ser o maior desmatador da Amazônia.
Bruno Heller foi preso em casa no município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, por porte ilegal de arma e ouro sem documentação de origem.
Segundo as investigações, ele chefiava um esquema ilegal de invasão de terras públicas da União para transformar a floresta em pasto para gado. Ainda de acordo com a PF, as áreas invadidas eram loteadas entre os parentes de Heller. O grupo fraudava o cadastro ambiental rural das áreas para enganar a fiscalização.
“Essa falsificação tinha como objetivo não permitir que os órgãos de percepção criminal, bem como os órgãos ambientais, pudessem chegar ao real possuidor daquela área”, afirma Manoel Neto, delegado da PF.
No Pará, Polícia Federal prende o suspeito de ser o maior desmatador da Amazônia. Foto RETIRADA VIDEO JN
A quadrilha teria destruído, nos últimos três anos, mais de 6,5 mil hectares de floresta, o equivalente ao tamanho da cidade de Osasco, em São Paulo.
“O líder desse grupo já foi alvo de, pelo menos, 11 autuações do Ibama, bem como suas áreas foram objeto de embargo”, conta o delegado.
A Justiça determinou o sequestro de 10 mil cabeças de gado e a apreensão de veículos, 16 fazendas e imóveis. Também foram bloqueados R$ 116 milhões do grupo. Esse é o valor mínimo estimado para restaurar as áreas degradadas ilegalmente pela quadrilha (Jornal Nacional, 3/8/23)
Saiba quem é o suspeito de ser “maior devastador da floresta amazônica”
Saiba quem é o “maior devastador da floresta amazônica”, preso pela PF Divulgação Polícia Federal
A PF constatou o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta, o equivalente a quase quatro Ilhas de Fernando de Noronha.
Na manhã desta quinta-feira (3/8), o empresário Bruno Heller foi preso em flagrante durante a Operação Retomada, conduzida pela Polícia Federal. Ele foi encontrado na região de Novo Progresso (PA) na posse de ouro bruto e uma arma ilegal. Conhecido como o principal devastador da floresta amazônica, Bruno Heller foi detido pelas autoridades e transferido para o sistema prisional em Itaituba (PA), onde ficará à disposição da Justiça. As investigações revelam que sua atividade criminosa resultou em uma devastação equivalente a quatro Ilhas de Fernando de Noronha (PE).
Conforme as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) de Santarém, no Pará, os suspeitos são apontados como responsáveis por se apossarem ilegalmente de mais de 21 mil hectares de terras pertencentes à União. Além disso, eles são acusados de promover o desmatamento de mais de 6,5 mil hectares de floresta, equivalente a quatro vezes o tamanho das Ilhas de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Essas ações ilegais ainda incluem a ocupação de terras indígenas e unidades de conservação, tornando a situação ainda mais grave.
A identificação da área desmatada em Novo Progresso motivou o início das investigações que apontaram um esquema para a criação de gado na floresta. Os crimes começavam com a realização de Cadastro Ambiental Rural fraudulento das áreas próximas às de propriedade privada de posse dos suspeitos, mas os registros eram feitos em nome de terceiros, principalmente de parentes.
Na operação, foi determinado o bloqueio de R$ 116 milhões, além do sequestro de veículos, de 16 fazendas e outros imóveis e a indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado. A medida tem como objetivo garantir um valor mínimo para a recuperação de recursos florestais extraídos e da área atingida.
PROCESSOS CRIMINAIS
As áreas foram devastadas e transformadas em pastagens para criação de gado, enquanto os verdadeiros culpados escapavam de qualquer responsabilidade nos âmbitos criminal e administrativo. Os processos contra aqueles que foram cadastrados fraudulentamente não resultavam em punições efetivas para os verdadeiros criminosos, pois os acusados alegavam não possuir patrimônio para arcar com as consequências.
As investigações indicam, ainda, que o grupo era comandado por um suspeito que já tinha recebido 11 autuações e seis embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele também é suspeito de invadir e causar danos ambientais em áreas da Terra Indígena Baú, no município de Altamira, no Pará, onde vivem os povos indígenas Kayapó e Pu´rô (Blog Meio Norte com informações do Metrópoles e Agência Brasil; 3/8/23)