23/06/2023

Portos do Arco Norte exportam 36% do milho brasileiro

Porto de Itaqui, no Maranhão, que faz parte do Arco Norte - Divulgação-@portodoitaqui.ma.gov.br

Porto de Itaqui, no Maranhão - Divulgação

 

Nos cinco primeiros meses do ano passado, participação era de apenas 26%.

As exportações pelos chamados portos do Arco Norte aceleraram muito neste ano. De janeiro a maio, saíram por esses portos 3,8 milhões de toneladas de milho, 36% do volume exportado pelo Brasil. No mesmo período do ano passado a participação era de 26%.

Já os principais portos do Sudeste e do Sul perderam espaço na saída do cereal. Santos (SP), Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC) embarcaram 5,8 milhões de toneladas, 55% do volume total. Nos cinco primeiros meses de 2022, esses três portos representaram 66% das vendas externas.

O porto de Santos, por onde saíram 2,6 milhões de toneladas de milho neste ano, teve uma redução na participação nas exportações nacionais para 24,5%, abaixo dos 35,4% de igual período do ano passado. Os dados são do boletim logístico mensal do Ministério da Agricultura.


Os portos do Arco Norte elevam a participação nacional devido a Mato Grosso, estado que liderou as exportações do cereal, atingindo um volume de 4,6 milhões de toneladas nos cinco primeiros meses. Paraná, com 1,5 milhão, e Mato Grosso do Sul, com 1,3 milhão, vieram a seguir.


As exportações de soja não tiveram grandes alterações neste ano em relação ao acumulado de janeiro a maio de 2022. Os portos do Arco Norte, de Santos e de Paranaguá tiveram leve redução na participação das exportações. Já os do Rio Grande (RS) e de São Francisco do Sul (SC) elevaram suas participações.

Porto de Paranaguá, no Paraná - foto Rodrigo Felix Leal-AEN


Segundo o Ministério da Agricultura, com base nos dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as exportações acumuladas até maio somaram 49 milhões de toneladas, com lideranças de Mato Grosso (17,3 milhões), Goiás (5,6 milhões) e Paraná (3,7 milhões).


A entrada de adubos pelos portos do Norte e Nordeste atingiram 27% do total comprado pelo Brasil neste ano. Em 2022, a participação era de 24,5%. As importações totais de fertilizantes somam 13,6 milhões de toneladas de janeiro a maio, 10% a menos do que no ano anterior (Folha, 23/6/23)