31/07/2024

Preço da soja cai ao menor nível desde 2020

Preço da soja cai ao menor nível desde 2020

 Exportações do complexo soja pelo Porto de Paranaguá -Agência Estadual de Notícias do Estado do Parana-Foto Claudio Neves 

 

Chuvas no cinturão de cultivo dos EUA aliviam preocupação sobre impacto do clima seco nas lavouras.

Os preços dos contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago caíram nesta segunda-feira (29), atingindo o menor nível desde outubro de 2020. O desempenho reflete as previsões de chuva no cinturão de cultivo dos Estados Unidos, que aliviaram preocupações sobre o impacto potencial do clima quente e seco sobre a produtividade das lavouras.

 

Já o milho permaneceu estável, enquanto o trigo ganhou força com a demanda de exportação, disseram analistas.

 

O contrato de soja mais ativo na CBOT caiu US$ 0,09, para US$ 10,3950 o bushel. O milho da CBOT terminou em alta de US$ 0,225, para US$ 4,1225 o bushel.

 

Por fim, o trigo subiu US$ 0,75 , para US$ 5,31 o bushel, após dados de inspeção de exportação dos EUA, bem como as condições ruins na União Europeia.

  

Enquanto isso, os dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA após o fechamento da sessão mostraram que as condições do milho nos EUA melhoraram. Já as classificações da soja, do trigo de inverno e do trigo de primavera do país caíram.

 

Inicialmente, o mercado previu que o calor extremo e a seca na região do Meio-Oeste dos EUA reduziriam a produção das safras de milho e soja. Porém, as previsões meteorológicas recentes indicaram que o tempo quente e seco será temporário, disseram analistas.

 

“A história da soja e, até certo ponto, do milho é que temos um clima excelente em grande parte do Meio-Oeste e ótimas condições de colheita”, disse Nathan Losey, analista de grãos da AgResource Company. “No momento, estamos no caminho certo para uma grande safra”, afirmou.

 

Segundo Losey, a China tem pouca soja da nova safra reservada, enquanto os agricultores dos EUA ainda estão segurando uma grande quantidade de milho e soja da safra antiga (Forbes com Reuters, 30/7/24)