05/02/2025

Preço do café estende sequência de recordes em Nova York

Preço do café estende sequência de recordes em Nova York

Além da oferta apertada, queda do dólar beneficia movimento de alta do café em Nova York. Foto Divulgação - Agência Brasil - Marcelo Camargo

 

Cotações renovaram máxima histórica pela oitava sessão consecutiva.

 

O sentimento de uma oferta de café cada vez mais crítica não abre espaço para correções de preço na bolsa de Nova York, que segue renovando recordes. O papel para março terminou a sessão desta terça-feira (4/2) em alta de 0,64%, cotado a US$ 3,8335 a libra-peso, o oitavo recorde consecutivo.

 

Para Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX, existe uma soma de fatores que ajudam a entender a movimentação recorde do café na bolsa.

“O principal fator para a alta do café é a redução dos estoques nos principais países consumidores. Como adicional a esse quadro de oferta, está a queda do dólar, que vem caindo bastante nos últimos dias. Isso desestimula as exportações, já que afasta, ainda mais, os cafeicultores das negociações”, explica.

 

Segundo ele, todos esses elementos aumentam a especulação sobre a falta de café no mundo, e por isso os preços devem seguir essa tendência na bolsa americana.

 

Rossetti, no entanto, não acredita que essa onda especulativa dure tanto tempo, mas o mercado precisará de notícias sólidas para interromper a trajetória de supervalorização.

 

“O principal evento que pode fazer o preço mudar de sentido é o início da colheita do robusta no Brasil, que pode impactar diretamente o quesito oferta. Também há a questão da demanda, que ainda não mostrou sinais de desaceleração”, avalia.

 

Açúcar

 

Nos negócios do açúcar, os lotes para março fecharam em alta de 2,08%, com o papel para março negociado a 19,66 centavos de dólar por libra-peso.

 

Algodão

 

Na bolsa de Nova York, os lotes do algodão para março subiram 1,36%, para 66,94 centavos de dólar por libra-peso.

 

Cacau e suco de laranja

O cacau fechou com preços em queda, respondendo a dados favoráveis em termos de oferta. Os contratos para maio fecharam em baixa de 0,43%, para US$ 10.865 a tonelada.

 

De acordo com o site Mercado do Cacau, a cotação recuou após o aumento nos estoques certificados da amêndoa na bolsa. As reservas chegaram a 1,4 milhão de sacas.

 

Além disso, no maior produtor de cacau do mundo, a Costa do Marfim, as entregas do produto aos portos no país chegaram a 1,29 milhão de toneladas no acumulado da safra 2024/25, alta de 22% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

No mercado do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), os lotes para março fecharam em queda de 1%, cotados a US$ 4,5015 a libra-peso (Globo Rural, 5/2/25)