Preço do café registra forte baixa em NY em dia de movimentos técnicos

Rabobank espera queda de 6,4% na safra brasileira de café em 2025/26 — Globo Rural -
Após sequência de quedas, suco de laranja avançou mais de 5%
As movimentações técnicas dominaram as negociações das commodities agrícolas na bolsa de Nova York nesta quarta-feira (14/5). Pelo lado das baixas, o destaque foi o café. Os contratos para julho fecharam em queda de 3,07%, negociados a US$ 3,6480a libra-peso.
Faltam elementos para justificar uma queda tão abrupta das cotações. Isso porque o mercado do café ainda se depara com cenário de consumo resiliente e oferta restrita, principalmente no Brasil, maior exportador de arábica do mundo.
Mantendo o tom pessimista de grande parte do mercado em relação à safra brasileira, hoje o banco holandês Rabobank divulgou projeção de uma safra de café no Brasil de 62,8 milhões de sacas de 60kg em 2025/26. A estimativa é de queda de 6,4% em relação ao ciclo anterior, mesmo depois das chuvas de abril nas principais regiões cafeeiras do país. A produção de arábica deve cair 13,6%, para 38,1 milhões de sacas, e a de conilon deve atingir um recorde de 24,7 milhões de sacas, alta 7,3%.
Em um movimento típico de realização de lucros, o cacau fechou com preços em queda na bolsa de Nova York. Os contratos para julho caíram 0,32%, para US$ 9.919 a tonelada.
Após uma alta de mais de 9% na véspera, um ajuste de posições por parte dos investidores já era amplamente esperada.
Os contratos do açúcar demerara para julho fecharam em queda de 0,88%, a 18,06 centavos de dólar libra-peso. O preço caiu com investidores também embolsando lucros após a alta de 3% na última sessão.
Suco de laranja
O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) segue com fortes oscilações na bolsa de Nova York, tentando se recuperar das baixas recentes. Depois de uma alta de 4% na véspera, os papéis para julho avançaram 5,68%, para US$ 2,5765 a libra-peso.
Os contratos do algodão com vencimento em julho recuaram 1,21%, precificados a 65,48 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural, 15/5/25)