07/05/2025

Preço do café sobe em NY mesmo com previsão de aumento na safra do Brasil

Preço do café sobe em NY mesmo com previsão de aumento na safra do Brasil

“O mercado de café tem muitos players, e cada um tem seu próprio número [estimativa de safra] e confia muito nele', diz consultor de mercado — Foto Globo Rural

 

Segundo consultor de mercado, relação entre e oferta e demanda do grão continua muito ajustada.

 

Nem mesmo as previsões de aumento da produção de café no maior exportador mundial de arábica, o Brasil, foram capazes de segurar o ímpeto dos preços do grão na bolsa. Os lotes com entrega para julho avançaram 0,41% nesta terça-feira (6/5), negociados a US$ 3,8985 a libra-peso.

 

Hoje, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção brasileira em 55,7 milhões de sacas de 60 quilos na safra de 2025, o que representa uma alta de 2,7% em relação ao ciclo anterior. Geralmente, os dados da produção divulgados pela estatal causam pouco impacto nas cotações em Nova York, como destaca Lúcio Dias, consultor de mercado.

 

“O mercado de café tem muitos players, e cada um tem seu próprio número [estimativa de safra] e confia muito nele. O segundo ponto é que há muita inconsistência nos números da Conab. As projeções de área são sempre as mesmas, e a conta de consumo e exportação não fecha com a previsão de 55 milhões de sacas”, afirma.

 

Para o consultor de mercado, não há mudanças no cenário de oferta e demanda no curto prazo. Esse quadro tende a manter o café em patamares elevados.

 

“Temos uma relação entre oferta e demanda muito ajustada mundialmente, e para a produção voltar a se normalizar depende muito de boas safras no Brasil. Portanto uma recomposição dos estoques vai demorar. Além disso, existe um desafio de aumentar a produtividade e reduzir o consumo. Tínhamos uma estrutura de mercado que vai demorar para se normalizar”, afirma.

 

Cacau

 

Em dia de ajustes técnicos, o preço do cacau registrou forte alta na bolsa de Nova York. Os lotes com entrega para julho avançaram %, US$ 8.518 a tonelada.

 

As cotações mostraram reação após uma queda de 4% na véspera. Em meio a esse cenário de volatilidade, as cotações deverão seguir impactadas pelas condições de clima para a colheita intermediária no oeste africano.

 

Suco de laranja

 

Revertendo parte das altas na sessão anterior, o suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) recuou em Nova York. Os papéis para julho caíram 3,95%, com o valor de US$ 2,5525 a libra-peso.

 

Açúcar e algodão

 

O açúcar recuou na bolsa de Nova York. Os contratos do demerara para julho fecharam em baixa de 0,17%, cotados a 17,44 centavos de dólar libra-peso. Já nos negócios do algodão, os papéis com o mesmo vencimento tiveram queda de 0,86%, a 67,83 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural, 6/5/24)