24/06/2021

Preços agrícolas começam a ceder no mercado brasileiro

Preços agrícolas começam a ceder no mercado brasileiro

Legenda: Colheita de arroz em fazenda em Uruçuí (PI) - Luiz Carlos Murauskas - 15.abr.2005/Folhapress

 O valor do arroz é o menor desde agosto de 2020 no campo, e o do milho, desde março último.

Embora ainda elevados, os preços dos produtos agrícolas começam a recuar. Os das proteínas ainda se mantêm em alta.

Dois dos produtos agrícolas que mais subiram, arroz e milho, têm quedas mais acentuadas. A saca de arroz em casca, que chegou a ser negociada a R$ 106, já está em R$ 69,4 nesta semana.

Esse preço não ocorria desde agosto do ano passado, segundo cotações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

A safra já terminou e a colheita do Rio Grande do Sul foi melhor do que se previa, mas, apesar da queda atual, o cereal ainda tem valor 13% acima do de junho de 2020.

O milho, que chegou a R$ 103 por saca, está próximo de R$ 87, o menor valor desde o início de março. A queda se deve ao avanço da colheita, mas a produção da safrinha será inferior ao que se previa.

O patamar atual do milho, no entanto, não dá muito alívio aos produtores de proteínas, uma vez que o cereal ainda custa 85% a mais do que há um ano.

saca de soja recuou para R$ 153 nesta semana no porto de Paranaguá, o menor valor deste ano. As exportações de junho vêm perdendo ritmo em relação às dos meses anteriores.

valor do trigo também recuou para o menor patamar desde março. A tonelada do cereal está em R$ 1.535 no Paraná, segundo o Cepea.

No setor de carnes, a arroba de suínos voltou a ganhar força, o mesmo ocorrendo com o quilo de frango congelado. As exportações desses produtos vêm melhorando nas últimas semanas.

A arroba de boi não perde força e se mantém próxima dos R$ 320. As exportações, a seca e a dificuldade na reposição dos animais sustentam os preços.

O custo do bezerro, no entanto, que chegou a R$ 3.217 no início do mês, caiu para R$ 2.8972, o menor valor desde a primeira quinzena de março (Folha de S.Paulo, 24/6/21)