Previsão de safra de laranja no Brasil derruba preço do suco em Nova York

Brasil deve ter recuperação em sua safra de laranja para o ciclo 2025/26 — Foto Jéshoots Pexels
Contratos futuros registraram baixa de 6,15% no pregão desta sexta-feira.
Diante de boas previsões para a safra de laranjas no Brasil, o maior exportador de suco do mundo, a cotação do produto despencou na bolsa de Nova York. Nesta sexta-feira (9/5), os lotes do suco concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para julho caíram 6,15%, com o valor de US$ 2,2875 a libra-peso.
Desde o início do ano, os preços da commodity vêm em uma tônica de baixa, com agentes esperando uma recuperação da safra brasileira. As primeiras estimativas do ciclo 2025/26 do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) aumentaram o otimismo com a oferta. Segundo a entidade, a produção vai crescer 36% em São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, maior parque citrícola do mundo, e chegar a 314,6 milhões de caixas de 40,8 quilos.
Apesar do expressivo crescimento, Juliano Ayres, diretor executivo da entidade, diz que o volume é apenas um retorno à média histórica. Se comparada aos últimos cinco anos, a produção será 4,8% maior.
O clima é o principal vetor para a expectativa de produção. “Chuvas a partir de setembro até dezembro fizeram o pegamento da segunda florada ser maravilhoso”, afirmou Ayres.
O açúcar seguiu negociado com preços mais altos em Nova York, mesmo após valorização de 2% na véspera. Os lotes com entrega para julho subiram 1,59%, a 17,92 centavos de dólar libra-peso.
O cacau também avançou nesta sexta. Os papéis futuros com vencimento em julho subiram 1,31%, US$ 9.187 a tonelada.
O preço do café “andou de lado” em Nova York, mantendo o fluxo observado durante toda a semana. Os papéis do arábica para julho fecharam em leve alta, de 0,10%, a US$ 3,8775 a libra-peso.
Os investidores mantêm atenção no andamento da colheita brasileira do ciclo 2025/26. Como o país é o maior exportador de café arábica do mundo, o rendimento das lavouras pode dar novos rumos às cotações na bolsa.
Já no mercado do algodão, os papéis com vencimento em julho tiveram queda de 0,16%, a 68,80 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural, 9/5/25)