Produtora consegue 245,6 sacas de milho por hectare na safrinha

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Média nacional prevista para a safra 2021/22 deverá ser de 91 sacas, segundo a Conab.

Alguns produtores de milho são um verdadeiro oásis na agricultura brasileira, registrando um padrão de produtividade bem acima da média do país.

Avanilda Santeiro, da fazenda Flores do Rio Verde, em Mineiros (GO), obteve 245,58 sacas por hectare na safrinha deste ano. A produção foi obtida em lavoura com cultivo sequeiro.

A média nacional prevista para a safra 2021/22 da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgada nesta quinta-feira (11), é de 90,72 sacas.

 A produtora participou de um concurso do Getap (Grupo Tático para Aumento de Produtividade), que tem como proposta apontar diferenças de produtividade e difundir conhecimentos, segundo Anderson Galvão, coordenador do grupo e diretor da consultoria Céleres.

Entre as lavouras irrigadas, a maior produtividade ficou com João Cornélio Henrique Michels, da fazenda São Jorge, de Butiris (MG). Ele conseguiu 232,30 sacas por hectare.

Em ambos os casos, os produtores fizeram plantio direto, e o milho de inverno foi semeado após a cultura da soja. O Getap reuniu 52 produtores de várias regiões do país, e a área auditada nas propriedades foi de 2,5 a 4 hectares.

Para Galvão, o conhecimento adquirido nessas áreas restritas de plantio é importante porque, em poucos anos, o país poderá assumir a liderança mundial em exportações do cereal.

Os produtores que participaram do concurso obtiveram uma produtividade média de 10 toneladas de milho por hectare. A produção média nas lavouras irrigadas foi de 10,9 toneladas. Nas de sequeiro, ficou em 9,6.

A maior produtividade ocorreu em Minas Gerais. Na média, os produtores do estado participantes do Getap obtiveram 11,2 toneladas por hectare.

O Paraná, um dos importantes estados na produção do cereal, obteve a menor média do concurso, com apenas 8,5 toneladas por hectare. O estado foi severamente castigado por condições climáticas na última safra de inverno (Folha de S.Paulo, 12/11/21)