Quantidade açúcar por hectare no Brasil pode crescer a 21 t até 2025
A quantidade de açúcar extraída por hectare de cana colhida no Brasil pode praticamente dobrar até 2025, puxada por inovações tecnológicas no setor sucroenergético do país, disse nesta terça-feira o presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Luis Roberto Pogetti (Foto).
“São investimentos sérios em produtividade que devem trazer ganhos para produção de alimentos e de energia”, destacou ele durante apresentação no Global Agribusiness Forum (GAF), em São Paulo.
Conforme dados apresentados por Pogetti, na década de 1970 a produtividade era de 5,5 toneladas de açúcar por hectare de cana, quantidade que passou para 11 toneladas em 2015 e deve ir a 21 toneladas em 2025.
O Brasil é o maior exportador global do adoçante.
Segundo o presidente do Conselho da Copersucar, entre os fatores que devem impulsionar o rendimento dos canaviais estão melhores técnicas de hibridação, canas geneticamente modificadas, adoção de sementes no plantio, melhorias no manejo, entre outros.
Pogetti comentou que a tendência para o consumo global de açúcar continua altista, dado o aumento populacional e uma alimentação mais calórica em países emergentes (Reuters, 24/7/18)
“Temos mais a entregar em inovação para produtividade da cana”
O presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Luis Pogetti, afirmou que o Brasil está atrás de outros países em termos de produtividade de açúcar mas tem condições de reverter isso. "Temos possibilidade de entregar o dobro de produtividade ante o desempenho que temos hoje", disse sobre a inovação aplicada na área. Segundo o executivo, a produtividade canavieira do País deve atingir 21 toneladas por hectare em 2025, ante 11 toneladas por hectare registradas em 2015.
Em palestra no Global Agribusiness Forum (GAF 2018) nesta terça-feira Pogetti disse que o potencial de avanço esperado para os próximos está baseado em melhores técnicas de hibridação, cana geneticamente modificada, uso de melhores sementes, manejo e fabricação de etanol celulósico. Para ele, o dobro de produtividade "é a solução para a equação de alimentos e energia no mundo".
Em relação ao cenário de oferta e demanda, o executivo acredita que há um suporte para o consumo internacional sustentado, especialmente, por regiões em desenvolvimento, como países da África e da Ásia (Broadcast, 24/7/18)