04/10/2023

Queda nos alimentos se concentra mais em produtos básicos

Queda nos alimentos se concentra mais em produtos básicos

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Deflação na alimentação para menor renda atinge 5% desde maio, mostra Fipe.

Após cinco meses de recuos, os preços dos alimentos já caem em ritmo menor, e as quedas beneficiam mais a população de menor renda.

Em setembro, os alimentos tiveram uma retração média de 0,78% para os paulistanos, segundo dados divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas), nesta terça-feira (3).

A queda nos preços para os que ganham de um a três salários mínimos foi de 0,98%, concentrada nos alimentos básicos.

Desde maio, quando os preços da alimentação iniciaram a queda, os consumidores com renda de até três salários tiveram uma deflação acumulada de 5,1% nos alimentos. A queda média desse setor no índice geral da Fipe foi de 3,7% no mesmo período

Em setembro, das dez principais quedas de preços de toda a lista apurada pela Fipe (cinco centenas de itens), oito foram do setor de alimentos básicos. Entre os básicos, no entanto, o arroz, destoa dessa tendência.

Pressionado por menor oferta interna e concorrência com as exportações, o cereal subiu 2,95% no mês passado e já acumula 10% neste ano.

A tendência de agora até o primeiro trimestre de 2024 é de alta, uma vez que a partir de dezembro se intensifica a entressafra do cereal. A alta em 12 meses é de 16,5%.

Entre as proteínas, a carne de frango voltou a subir, registrando alta de 3,5% em setembro. Apesar da alta do mês passado, os preços médios dessa carne ainda registram retração de 15,7% neste ano.

As carnes, que estão com preços em queda há vários meses, podem interromper essa tendência nas próximas semanas no varejo, uma vez que elas vêm registrando altas no campo.

A arroba de boi gordo voltou a R$ 236 no estado de São Paulo nesta semana, 20% a mais do que na primeira quinzena de setembro. A carne bovina serve de base para reajustes para as demais.

Se o preço das carnes pode reagir, a lista dos produtos que estão com queda é grande. O leite teve retração de 7,1% no mês passado, e nas próximas semanas a oferta do produto deverá aumentar devido à melhora dos pastos.

Medidas prometidas pelo governo contra as importações de lácteos, o que tem ajudado a manter a desaceleração dos preços internamente, poderão segurar o ritmo das quedas.

A Fipe coloca ainda na lista dos produtos com preços em queda e mais favoráveis aos consumidores de menor renda feijão, farinha de mandioca, fubá, ovos, batata, cebola, ovos, café e óleo de soja (Folha, 4/10/23)

Foto Blog E-CommerceBrasil

Deflação na alimentação para menor renda atinge 5% desde maio, mostra Fipe.

Após cinco meses de recuos, os preços dos alimentos já caem em ritmo menor, e as quedas beneficiam mais a população de menor renda.

Em setembro, os alimentos tiveram uma retração média de 0,78% para os paulistanos, segundo dados divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas), nesta terça-feira (3).

A queda nos preços para os que ganham de um a três salários mínimos foi de 0,98%, concentrada nos alimentos básicos.

Desde maio, quando os preços da alimentação iniciaram a queda, os consumidores com renda de até três salários tiveram uma deflação acumulada de 5,1% nos alimentos. A queda média desse setor no índice geral da Fipe foi de 3,7% no mesmo período

Em setembro, das dez principais quedas de preços de toda a lista apurada pela Fipe (cinco centenas de itens), oito foram do setor de alimentos básicos. Entre os básicos, no entanto, o arroz, destoa dessa tendência.

Pressionado por menor oferta interna e concorrência com as exportações, o cereal subiu 2,95% no mês passado e já acumula 10% neste ano.

A tendência de agora até o primeiro trimestre de 2024 é de alta, uma vez que a partir de dezembro se intensifica a entressafra do cereal. A alta em 12 meses é de 16,5%.

Entre as proteínas, a carne de frango voltou a subir, registrando alta de 3,5% em setembro. Apesar da alta do mês passado, os preços médios dessa carne ainda registram retração de 15,7% neste ano.

As carnes, que estão com preços em queda há vários meses, podem interromper essa tendência nas próximas semanas no varejo, uma vez que elas vêm registrando altas no campo.

A arroba de boi gordo voltou a R$ 236 no estado de São Paulo nesta semana, 20% a mais do que na primeira quinzena de setembro. A carne bovina serve de base para reajustes para as demais.

Se o preço das carnes pode reagir, a lista dos produtos que estão com queda é grande. O leite teve retração de 7,1% no mês passado, e nas próximas semanas a oferta do produto deverá aumentar devido à melhora dos pastos.

Medidas prometidas pelo governo contra as importações de lácteos, o que tem ajudado a manter a desaceleração dos preços internamente, poderão segurar o ritmo das quedas.

A Fipe coloca ainda na lista dos produtos com preços em queda e mais favoráveis aos consumidores de menor renda feijão, farinha de mandioca, fubá, ovos, batata, cebola, ovos, café e óleo de soja (Folha, 4/10/23)