Rebanho bovino volta a crescer, após dois anos seguidos de queda
O rebanho bovino do Brasil cresceu 1,5% em 2020 após dois anos seguidos de queda, chegando a 218,2 milhões de cabeças, maior efetivo desde 2016, apontou hoje (29) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta do preço do boi gordo, do bezerro e o crescimento nas exportações de carne contribuíram para o aumento das criações no Brasil, que tradicionalmente possui o maior rebanho bovino comercial no mundo.
“Havíamos passado por um período de abate de fêmeas gerando uma redução no número de animais e bezerros, e isso fez com que o preço da arroba subisse”, disse Mariana Oliveira, supervisora da PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal) (PPM) do IBGE.
Os preços da arroba no Brasil atingiram recordes acima de R$ 320 neste ano, e atualmente estão sendo negociados em torno de R$ 295 nas principais praças.
“Hoje estamos num cenário de retenção de fêmeas, que, em vez de irem para o abate, são utilizadas para gerar novos animais, recompondo o rebanho”, explicou.
O Centro-Oeste respondeu por 34,6% do total (75,4 milhões), segundo o IBGE. A maior alta anual foi na região Norte, de 5,5%, ou mais 2,7 milhões de cabeças, somando 52,4 milhões, conforme os dados.
Mato Grosso continuou com o maior rebanho de bovinos no Brasil, com 32,7 milhões de cabeças e alta de 2,3% ante 2019.
Já Goiás teve alta de 3,5% e fechou o ano de 2020 com 23,6 milhões de cabeças de gado.
Em terceiro lugar aparece o Pará, com 22,3 milhões de cabeças, crescimento de 6,3%.
Em quarto, perdendo a terceira posição para o Pará, veio Minas Gerais, com alta anual de 6,6% em seu rebanho, totalizando 22,2 milhões de cabeças.
Em termos municipais, o maior rebanho continua em São Félix do Xingú (PA): 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4% no ano.
Corumbá (MS) veio a seguir, com 1,8 milhão. Com alta de 11,8% em seu rebanho, Marabá (PA) subiu da quinta para a terceira colocação, com 1,3 milhão de cabeças.
O IBGE disse ainda que em 2020 a produção nacional de leite chegou a 35,4 bilhões de litros, recorde da pesquisa, com alta de 1,5% ante 2019.
Minas Gerais seguiu liderando, com 9,7 bilhões de litros de leite, (ou 27,3% do total nacional) e alta de 2,6% em relação a 2019, acrescentou o IBGE (Reuters, 29/9/21)