Safra brasileira de café dita ritmo dos preços em Nova York

Depois de um fevereiro muito seco, na segunda metade de março houve chuva, que trouxe algum alívio para as plantas”, afirma Laleska Moda, da Hedgepoint Global Markets. Foto Gustavo Facanalli – Embrapa
Mercado aguarda novidades sobre desenvolvimento da safra no país para o ciclo 2025/26.
Os preços do café negociado na bolsa de Nova York estão em patamares menores em relação a fevereiro, aguardando novidades sobre a safra no Brasil, maior produtor e exportador mundial de arábica. Na sessão desta quarta-feira (26/3), os contratos para maio fecharam em queda de 1,64%, para US$ 3,92 a libra-peso.
“Quando a gente olha para os fundamentos do mercado, o que há é um período de muita espera para ver o que acontecerá com a safra brasileira. Depois de um fevereiro muito seco para as lavouras do país, na segunda metade de março houve chuva, que trouxe algum alívio para as plantas”, afirma Laleska Moda, analista da Hedgepoint Global Markets.
No entanto, ela lembra que as precipitações seguem abaixo da média, o que pode trazer impacto para a produtividade dos cafezais no Brasil, já que pode afetar o enchimento dos grãos.
“De certa forma isso traz algum suporte para as cotações, pois elas até têm momentos de queda, mas respeitam o limite técnico de US$ 3,70, diante do fundamento de safra limitada. Agora, muitos esperam novidades na questão da demanda, que ainda não deu sinais de enfraquecimento”, comenta a analista.
Suco de laranja
O suco de laranja concentrado congelado (FCOJ, na sigla em inglês) seguiu em trajetória de queda na bolsa de Nova York. Os contratos para maio cederam 1,04%, para US$ 2,6210 a libra-peso.
Em um momento volátil, o cacau vive um verdadeiro “sobe e desce”. Na sessão de hoje, os lotes para maio fecharam em alta de 0,61% a US$ 8.044 a tonelada.
A sessão foi de leve baixa para o açúcar em Nova York. Os lotes para maio fecharam em queda de 0,82%, a 19,35 centavos de dólar por libra-peso.
Por fim, nos negócios do algodão na bolsa americana, os contratos para maio subiram 0,83%, a 65,68 centavos de dólar por libra-peso (Globo Rural, 26/3/25)