Safras reduz previsão de colheita de soja em 1,15%, mas ainda vê recorde
SOJA NA SECA - Foto Rodolfo Buhrer Reuters
Estimativa de queda na produção de soja é devido ao clima irregular, especialmente em Mato Grosso e Goiás; mas há possibilidade de recuperação se as condições climáticas melhorarem.
A produção de soja do Brasil em 2023/24 foi estimada nesta sexta-feira (24) em 161,38 milhões de toneladas, queda de 1,15% na comparação com a previsão anterior, divulgada em julho, de acordo com levantamento da Safras & Mercado.
A consultoria disse que foram feitos “ajustes finos nos potenciais de produtividades médias de alguns Estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país devido ao clima irregular”, marcado por baixa umidade e temperaturas elevadas, registrado desde outubro.
Os destaques negativos ficam com os Estados do Mato Grosso e de Goiás.
“Apesar disso, é importante destacar que as produtividades ainda podem ser elevadas nestes Estados, embora devam ser inferiores às registradas na temporada 2022/23 (que foram bastante elevadas)”, disse o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, em nota.
“Se o clima não melhorar, novos cortes podem ocorrer, mas havendo melhora, boa parte das plantas pode se recuperar, resultando em produtividades ainda relevantes”, avaliou.
Se confirmada a projeção, o Brasil, maior produtor e exportação de soja, elevaria sua safra de soja em 2,2% sobre a temporada anterior, que ficou em recorde 157,83 milhões de toneladas.
A safra deverá crescer, apesar do tempo irregular, com um aumento de 2,1% na área plantada para 45,62 milhões de hectares.
No Sul, a atenção é com o excesso de umidade, que vem atrasando os trabalhos de plantio, disse o analista.
“Apesar disso, ainda não podemos falar em perdas de potencial produtivo nas lavouras” (Reuters, 24/11/23)