06/05/2019

Safras vê produção de soja em quase 118 mi t; milho acima de 100 mi t

Safras vê produção de soja em quase 118 mi t; milho acima de 100 mi t

A safra de soja 2018/19 do Brasil, praticamente toda colhida, deve alcançar 117,92 milhões de toneladas, projetou nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em uma elevação ante a previsão anterior, de 116,41 milhões.

Segundo o analista Luiz Fernando Roque, da consultoria, os trabalhos de colheita estão revelando produtividades acima do esperado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

“Ambos os Estados podem atingir produtividades médias recordes nesta temporada. No Paraná, embora as lavouras mais tardias tenham trazido certa compensação das perdas iniciais, se fez necessário um novo ajuste negativo na produtividade média esperada para o Estado, mesmo que pontual”, destacou.

Ainda assim, a temporada vigente tende a ficar aquém do recorde de 2017/18, que totalizou 121,8 milhões, segundo a consultoria.

Para o milho, a Safras & Mercado também elevou sua estimativa, para 101,76 milhões em 2018/19, de 99,56 milhões na perspectiva anterior, de março. Contudo, o volume supera os cerca de 80 milhões do ano passado, quando condições climáticas desfavoráveis prejudicaram as lavouras.

Em relatório, o analista Paulo Molinari destacou que as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da chamada safrinha contribuíram para esse aumento na estimativa de produção brasileira de milho, “que deverá ficar muito próxima da colhida na temporada 2016/17, de 107,901 milhões de toneladas”.

Em paralelo, a Safras & Mercado projeta produção de 6,68 milhões de toneladas de trigo neste ano, alta de 27 por cento na comparação anual, e de 2,79 milhões de toneladas de algodão em pluma, versus 2,61 milhões anteriormente e aumento de 33,1 por cento sobre o ciclo passado (Reuters, 3/5/19)


FCStone vê safra de soja em 116,5 mi t e exportação recorde de milho

Com a colheita praticamente finalizada, a safra de soja 2018/19 do Brasil deve alcançar 116,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,6 por cento ante a previsão anterior, disse nesta sexta-feira a INTL FCStone, que também aposta em exportação recorde de milho.

A revisão para cima ocorre após a regularização climática a partir de fevereiro, que beneficiou lavouras de soja no Rio Grande do Sul, no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e em partes do Centro-Oeste, compensando parcialmente as perdas no Paraná e em Mato Grosso do Sul por causa da estiagem.

“Esse aumento da produção da oleaginosa foi motivado pela revisão da produtividade em Goiás, que passou de 3,2 para 3,41 toneladas por hectare, levando a produção do Estado para 11,7 milhões de toneladas”, destacou a consultoria em relatório.

Ainda assim, a safra de soja estimada pela consultoria ficaria aquém do recorde de 119,3 milhões de toneladas de 2017/18 e do potencial esperado na fase de plantio, de mais de 120 milhões.

A INTL FCStone não mexeu em sua projeção para exportações de soja do Brasil em 2018/19, mantendo-a em 71,5 milhões de toneladas, versus históricos 84 milhões no ano passado.

MILHO

A consultoria também elevou consideravelmente sua perspectiva para a safra de milho 2018/19 do Brasil, a 96,8 milhões de toneladas, segundo maior volume da história, de 94,4 milhões no relatório de abril.

O aumento é puxado pela segunda safra, já plantada e com colheita esperada para este mês. Beneficiada por um tempo favorável, a chamada safrinha deve alcançar 68,5 milhões de toneladas, de 66,4 milhões na perspectiva anterior.

“Além do plantio mais cedo do milho safrinha, o clima foi e continua sendo bastante favorável ao desenvolvimento das lavouras. Assim, caso esse nível de produção seja confirmado, configurará um recorde de produção no inverno”, destacou no relatório a analista de mercado da INTL FCStone Ana Luiza Lodi.

Com a oferta elevada do cereal, as exportações têm espaço para alcançar níveis recordes, estimadas atualmente pela consultoria em 32 milhões de toneladas.

“Contudo, destaca-se que a competição no mercado exportador deve ser acirrara, com Argentina e Ucrânia, além dos Estados Unidos”, ponderou a INTL FCStone (Reuters, 3/5/19)