São Martinho fica com receita líquida de R$ 770 milhões
A São Martinho, uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do Brasil, anuncia hoje seus resultados referentes ao segundo trimestre do ano safra 2019/20.
Para o lucro líquido foram conquistados R$ 92,8 milhões no 2T20, 58,6% superior ao 2T19, enquanto o Lucro Caixa somou R$ 116,3 milhões (+80,8%).
No segundo trimestre da safra 19/20, a receita líquida da Companhia totalizou R$ 770,1 milhões, 19,7% superior ao mesmo período da safra anterior. As principais razões que justificaram o melhor resultado do trimestre foram o maior do volume de vendas de açúcar no período (+34,3%), e o aumento do preço de comercialização de etanol (+14,4%). No período acumulado da safra a receita subiu 7,8%, totalizando R$ 1.525,0 milhões devido aos mesmos motivos que impactaram o resultado do trimestre.
A receita líquida das vendas de açúcar totalizou R$ 217,1 milhões no 2T20, um aumento de 32,5% em relação ao mesmo período da safra anterior. No período acumulado (6M20), a receita líquida de açúcar totalizou R$ 473,8 milhões, em linha com o resultado do 6M19, refletindo a decisão da Companhia em concentrar os embarques nas telas de final da safra, com preços superiores ao realizado nos primeiros meses da safra.
A receita líquida das vendas de etanol totalizou R$ 438,3 milhões no 2T20, 15,2% superior ao 2T19, refletindo, principalmente, o maior preço médio de comercialização realizado no trimestre (+14,4%). O crescimento da receita reflete o aumento do volume de exportação de anidro no trimestre em relação ao 2T19, além do maior mix de vendas de anidro da Usina Boa Vista.
No acumulado da safra, a receita líquida de vendas de etanol foi 12,1% superior ao mesmo período da safra anterior, também em decorrência, principalmente, do maior preço médio de comercialização (+10,6%).
A receita líquida de comercialização de energia elétrica totalizou R$ 77,1 milhões no 2T20, apresentando redução de 5,5% em relação ao mesmo trimestre da safra anterior, refletindo o menor preço spot médio realizado no período, em decorrência do maior volume de chuvas, quando comparado com o 2T19.
No acumulado da safra, a receita líquida de energia caiu 8,0%, totalizando R$ 144,7 milhões, refletindo o mesmo efeito ocorrido no trimestre. Importante mencionar que, a partir de outubro/19 houve uma recuperação do preço spot de energia e, portanto, para o segundo semestre, esperamos preços médios superiores em comparação aos primeiros meses da safra.
O Ebitda Ajustado totalizou R$ 387,9 milhões no 2T20 (+22,6%), com margem ajustada de 50,4%. O aumento nominal do indicador reflete principalmente o maior do volume de vendas de açúcar no período (+34,3%), além do aumento do preço de comercialização de etanol no trimestre (+14,4%).
O Ebit Ajustado somou R$ 166,3 milhões no 2T20 (+35,4%), com margem Ebit Ajustada de 21,6%. O aumento do indicador decorre, principalmente, dos mesmos efeitos que impactaram positivamente o crescimento do Ebitda Ajustado.
Fluxo de Caixa Operacional totalizou R$ 348,4 milhões no 6M20.
Em 30 de setembro de 2019, as fixações de preço de açúcar para a safra 19/20 totalizavam o volume de aproximadamente 510 mil tons a um preço médio de R$ 1.208/ton. Para a safra 20/21, cerca de 201 mil toneladas de açúcar já estavam precificadas a aproximadamente R$ 1.246/ton.
A Companhia processou 18,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nos primeiros seis meses da safra 19/20 – 2,7% superior ao mesmo período da safra 18/19, resultado de melhores condições climáticas no período, notadamente das chuvas que ocorreram no início da safra, que permitiram importante recuperação da produtividade média dos canaviais (TCH). Dessa forma, com a conclusão da safra, esperamos que a produção de açúcar e etanol fique em linha com as projeções divulgadas em nosso “Guidance” em junho/2019.
Geral do Setor
De acordo com o relatório da UNICA, desde o início da safra até o dia 16 de outubro de 2019, a região centro-sul processou 510,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, representando um aumento de 5,0% em relação à safra anterior, em decorrência, principalmente, das melhores condições climáticas observadas no ano, tendo sido 35,3% do mix destinados à produção de açúcar e 64,7% do mix para o etanol.
Açúcar
A região centro-sul do Brasil produziu 23,7 milhões de toneladas de açúcar, um aumento de 1,1% em relação à produção da safra anterior.
Etanol
Segundo os dados divulgados pela UNICA até 16 de outubro de 2019, a região centro-sul do Brasil apresentou um aumento de 5,9% na produção de etanol em relação à safra anterior.
O share de consumo de hidratado na bomba saltou para mais de 48% de janeiro a setembro de 2019 – conforme dados da ANP – reforçando o cenário de resiliência no consumo mensal de etanol. No mês de setembro, a paridade de preços do hidratado na bomba, em relação à gasolina ficou em 65% (Último Instante, 12/11/19)