13/11/2024

São Martinho: lucro cai 55,2% no 2T25, em R$ 187,5 milhões

São Martinho: lucro cai 55,2% no 2T25, em R$ 187,5 milhões

 

São Martinho (SMTO3) divulgou os seus resultados operacionais no segundo trimestre da safra 2024/25 (2T25), na noite desta quarta-feira (11). A empresa reportou lucro líquido de R$ 187,5 milhões no período, uma redução de 55,2% em relação ao mesmo período do ano anterior (a/a).

 

Já o Ebitda ajustado da empresa totalizou R$ 943,1 milhões no período, um crescimento de 44% (a/a). A margem Ebitda teve alta de 5 pontos percentuais (p.p), chegando a 48,1%. Segundo a empresa, a performance reflete os maiores preços e volumes comercializados, com destaque para o etanol. A alavancagem reportada pela São Martinho foi de 1,35x Dívida Líquida/Ebitida. 

 

Levando em consideração os primeiros seis meses da safra, a empresa registrou lucro líquido de R$ 293,8 milhões, o que representa queda de 54% (a/a). De acordo com o comunicado divulgado para investidores, a queda se deve, principalmente, ao término do recebimento das parcelas do Precatório Copersucar.

 

Em relação à safra anterior, houve uma expansão de 2,6% na cana-de-açúcar processada, que ficou em 18 milhões de toneladas. O aumento se deve à maior utilização da capacidade instalada e quantidade de cana de terceiros (+4,8%).

 

Segundo a empresa, as queimadas que atingiram o interior de São Paulo no trimestre, principalmente no mês de agosto, ocasionaram uma aceleração do ritmo de moagem com aumento do processamento diário de matéria prima, que teve sua disponibilidade reduzida (-1%).

 

Além disso, as queimadas provocaram uma alteração no mix de produtos da empresa, com queda na produção de açúcar e crescimento da produção de etanol. O processamento de milho adicionou 109,7 mil m3 de etanol (+33,5%) e 70,9 mil toneladas de DDGs (+29,6%).

 

Os incêndios também motivaram uma mudança nas estimativas da empresa, com ajustes no guidance inicial de 2025. A expectativa era de 52% da produção voltada para o açúcar e 48% para o etanol. Agora, o mix de produção passa a ser mais alcooleiro, com 44% da produção para o açúcar e 56% para o combustível (Money Times, 12/11/24)