São Martinho tem lucro líquido em R$ 342,9 milhões no 3T20
A São Martinho divulgou resultado financeiro na noite desta segunda-feira (10), quando conquistou lucro líquido de R$ 342,9 milhões no 3T20, enquanto o lucro caixa somou R$ 366,5 milhões.
O lucro caixa da São Martinho no terceiro trimestre de 2020 (3T20) somou R$ 366,5 milhões, 357,0% superior ao realizado no 3T19. A melhora do indicador no trimestre reflete, principalmente, o aumento do Ebitda ajustado no período, além do recebimento dos créditos referentes ao processo da Copersucar.
No 9M20, o lucro caixa somou R$ 548,7 milhões, um aumento de 88,6% em relação ao mesmo período da safra anterior, refletindo, principalmente, os motivos que afetaram o trimestre.
O Ebitda Ajustado totalizou no 3T20 somou R$ 541,4 milhões, um aumento de 29,7% em relação ao 3T19. A melhora do indicador reflete principalmente o maior volume de vendas de etanol (+17,0%), açúcar (+11,8%) e energia (+36,7%) no período, além do aumento do preço de comercialização de etanol (+6,6%) e energia (+13,9%) no trimestre.
No acumulado da safra o Ebitda Ajustado aumentou 12,6%, atingindo R$ 1,277,7 bilhão, com margem do Ebitda Ajustado de 50,0%, o que refletiu os mesmos efeitos que impactaram positivamente o trimestre.
Receita Líquida
No terceiro trimestre da safra 19/20, a receita líquida da São Martinho totalizou R$ 1,030,0 bilhão, 22,2% superior ao mesmo período da safra anterior. As principais razões que justificaram o melhor resultado do trimestre foram o maior volume de vendas de açúcar (+11,8%), etanol (+17,0%) e energia (+36,7%) no período, além do aumento do preço de comercialização de etanol (+6,6%) e energia (+13,9%) no trimestre.
No período acumulado da safra a receita subiu 13,2%, totalizando R$ 2,555,0 bilhões, devido principalmente ao maior volume de vendas de etanol (+7,4%), açúcar (+6,6%) e energia (+10,0%), além do aumento do preço de comercialização de etanol (+9,2%) no período.
“Em 31 de dezembro de 2019, nossas fixações de preço de açúcar para a safra 19/20 totalizavam o volume de aproximadamente 374 mil tons a um preço médio de R$ 1.232/ton – 100% da exposição para o 4T20”, diz a companhia em comunicado.
Para a safra 20/21, cerca de 513 mil tons de açúcar já estavam precificadas a aproximadamente R$ 1.263/ton.
Em dezembro/2019, a dívida líquida da companhia totalizou R$ 3,0 bilhões, aumento de 22,8% em relação a março/2019, refletindo, principalmente, um maior capital de giro utilizado no período, em decorrência dos estoques dos produtos, que serão revertidos em caixa até o final da safra.
Destaques
Ao longo da safra 19/20 a companhia processou 22,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, apresentando um aumento de 10,7% em relação ao volume de cana processado na safra anterior, refletindo o crescimento de 11,7% na produtividade média dos canaviais (TCH) no período. Em linha com o que mencionado desde o final do 1º semestre da safra, essa melhora reflete as melhores condições climáticas observadas durante a safra.
De acordo com o relatório da UNICA, desde o início da safra até o dia 16 de janeiro de 2020, a região centro-sul processou 578,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, representando um aumento de 2,8% em relação à safra anterior, em decorrência, principalmente, das melhores condições climáticas observadas no ano, tendo sido 34,5% do mix destinados à produção de açúcar e 65,5% do mix para o etanol.
Açúcar
A região centro-sul do Brasil produziu 26,5 milhões de toneladas de açúcar, estável em relação à produção da safra anterior.
“O déficit de açúcar esperado nas regiões produtoras do hemisfério norte, notadamente Índia e Tailândia, aparentemente deverá ser maior do que o previsto pelo mercado, motivo pelo qual notamos uma importante recuperação dos preços”, diz a São Martinho.
No encerramento de dezembro/19, eram 513 mil toneladas de açúcar fixados, referentes à produção da safra 20/21 ao preço médio de aproximadamente R$ 1.263/tonelada, representando cerca de 60% da cana própria (considerando a mesma produção da safra 19/20).
Etanol
Segundo os dados divulgados pela UNICA, até 16 de janeiro de 2020, a região centro-sul do Brasil produziu 32,2 milhões de litros de etanol, um aumento de 6,6% em relação à safra anterior.
“Em linha com o que já comentamos em trimestres anteriores, o share de consumo de hidratado na bomba em relação à gasolina continua bastante favorável, atingindo 49% – de acordo com dados da ANP”, explica.
No mês de dezembro, a paridade de preços do hidratado na bomba, em relação à gasolina ficou em 68% – considerando os principais estados consumidores. A combinação do aumento do preço da gasolina e fechamento do gap na curva de paridade do preço do etanol suportaram o aumento de preço médio do produto neste início de entressafra (Último Instante, 11/2/20)