“Setor automotivo ataca biodiesel com negacionismo técnico-científico”
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A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) afirmou, em nota, repudiar o posicionamento de entidades empresariais ligadas ao setor de combustíveis de oposição ao aumento da mistura obrigatória do biodiesel no País. “É a contramão daquilo que o mundo inteiro está buscando, que é promover os biocombustíveis como matriz energética”, afirmou o presidente da FPBio, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), no comunicado. Segundo a frente parlamentar, as entidades usam de "negacionismo técnico-científico" para defender a manutenção do mandato nos atuais 10%.
Mais cedo, entidades que representam os setores automotivo, de peças, máquinas, equipamentos, transportes e importadores de diesel fóssil afirmaram que o aumento do mandato do biodiesel no País é uma forma de produtores do biocombustível garantirem uma “reserva de mercado contra a concorrência de biocombustíveis mais modernos”. Elas ainda alegam que o biodiesel é o principal causador de problemas em motores e equipamentos a diesel.
A FPBio reforçou, no comunicado, que estudos, manifestações de integrantes do governo e de diversos especialistas contrariam esses argumentos. “Com essa postura, as entidades contrárias ao biodiesel nacional dão a entender que o Executivo federal está no caminho errado”, afirmou a entidade.
Segundo a FPBio, no próximo dia 17 o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve anunciar como será estruturado o novo cronograma de adição de biodiesel ao óleo diesel. “A expectativa é que o teor siga sendo elevado gradualmente até atingir a casa dos 15% nos primeiros meses de 2024”, afirma a bancada. Quatro ministros, segundo a frente parlamentar, já anteciparam seu posicionamento a favor da expansão do biodiesel: os representantes do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Ciência e Tecnologia (Broadcast, 10/3/23)