Setor de cana se recupera em AL depois da pior safra da história
Setor de cana se recupera em AL depois de registrar pior safra da história devido à seca
A seca dos últimos anos afetou a produção de cana-de-açúcar em Alagoas. É a principal cultura do estado. Mas, agora, produtores e usinas registram uma recuperação.
A Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas estima que devem ser moídas cerca de 16 milhões de toneladas de cana nesta safra. Um crescimento de 16% em relação à anterior.
Esse acréscimo representa um aumento de 1,2 milhão de toneladas de açúcar e quase 500 milhões de litros de etanol.
A cana responde por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano. Com a estiagem prolongada, a última safra foi considerada a pior da história. Foram moídas apenas 13 milhões de toneladas, prejudicando a economia local.
Os fatores climáticos contribuíram para a recuperação do setor e as 15 usinas do estado participaram da moagem deste ciclo. Em uma delas, em Coruripe, litoral Sul, devem ser beneficiadas 900 mil toneladas, um crescimento de quase 30%. A usina funciona em sistema de cooperativa.
"Nós contamos com um clima melhor. A cooperativa também estimulou o cooperado a renovar o canavial, e ele tem respondido a isso. Este ano, a gente deve fechar a safra com uma média em torno de 60 toneladas por hectare. Isso, anos atrás, ficava abaixo de 50 toneladas", diz Klécio Santos, presidente da cooperativa.
"A gente só tinha tido índices negativos nos últimos anos. Agora, nós estamos numa curva de ascendência. Nós estamos numa recuperação. Nós ainda somos o maior produtor de cana do Nordeste", afirma Edgar Filho, presidente da associação.
A moagem de cana no Nordeste termina em abril (Globo Rural, 16/2/19)