Setor do agro cobra mais atenção à China na relação comercial
Entidades do agronegócio estão preocupadas quanto ao modo como o governo federal se relaciona com a China e a Coreia do Sul.
As principais entidades do agronegócio vão levar à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) a preocupação quanto ao modo como o governo federal se relacionará com a China e a Coreia do Sul.
Em reuniões com integrantes do Executivo, representantes do Instituto Pensar Agro (IPA) e da Aliança AgroBrazil ouviram que a China é um parceiro fundamental e, por isso, não haveria chance de as relações serem interrompidas.
Mas nada foi dito sobre eventuais planos de estimular o aumento dos negócios com os chineses. Ao contrário, eles foram aconselhados a buscar outros mercados compradores, sob o argumento de que há representações brasileiras em 119 países.
O temor cresceu quando souberam que a China não é destino das primeiras missões que o Ministério da Agricultura terá na Ásia. A agenda dará prioridade ao Japão, para reunião de ministros do setor no G-20, além de uma missão ao Sudeste Asiático. Um alento, lembra uma fonte, é a confirmação da visita do presidente Jair Bolsonaro à China, provavelmente no segundo semestre.
Não soou bem
Para reforçar o temor, a reunião de negociação entre a Coreia do Sul e o Mercosul para um possível acordo de livre comércio, prevista para o fim de março, está ameaçada. Os coreanos enviaram uma equipe robusta na rodada anterior e ficaram magoados com a falta de reciprocidade do lado sul-americano.
Enquanto isso, nas próximas semanas está prevista a retomada das conversas entre o bloco econômico com União Europeia e Canadá (Broadcast, 11/3/19)