Soja recua para mínima de 10 anos por tensões comerciais EUA-China
Os contratos futuros da soja em Chicago ampliaram perdas nesta segunda-feira, estabelecendo uma mínima de 10 anos, à medida que investidores foram desestimulados pelas crescentes tensões nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que reduziram expectativas de uma retomada nos embarques da oleaginosa.
O milho e o trigo também recuaram em Chicago, conforme menores perspectivas de uma solução rápida para a batalha tarifária entre Washington e Pequim levaram a grandes perdas tanto nos mercados de grãos quanto nos mercados financeiros de uma forma geral.
Os mercados de grãos também permaneceram sob pressão do relatório de oferta e demanda divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), que projetou ofertas domésticas acima do esperado para soja, milho e trigo.
Além disso, os preços ainda foram pressionados por previsões de um tempo menos chuvoso que o visto ultimamente nos EUA, o que pode ajudar agricultores a avançar em plantios atrasados.
“O relatório do USDA... somou-se à atmosfera sombria atual das commodities agrícolas, devido às infindáveis e tensas discussões comerciais entre EUA e China”, disse a consultoria Agritel.
Às 13h40 (horário de Brasília), o contrato mais ativo da soja em Chicago recuava -1,2%, para 7,995 dólares por bushel, sua mínima desde dezembro de 2008.
O milho perdia 0,14%, a 3,5225 dólares/bushel, próximo à mínima de quase oito meses batida na sexta-feira, de 3,455 dólares.
Já o trigo se recuperava e atingia uma alta de 2,18%, a 4,34 dólares/bushel, após ter atingido seu menor nível desde janeiro de 2018, a 4,2125 dólares (Reuters, 13/5/19)