27/06/2024

Suzano afirma ter desistido de aquisição da International Paper

Suzano afirma ter desistido de aquisição da International Paper

Aquisição da International Paper pela Suzano teria como principal alvo as áreas de embalagem de papelão e de celulose fluff. Foto  Ricardo Teles Divulgação Suzano

 

Maior produtora do mundo de celulose de mercado diz ter alcançado o preço máximo para que o negócio gerasse valor, sem que houvesse engajamento da outra parte.

 

Suzano, maior produtora do mundo de celulose de mercado, desistiu da aquisição da International Paper, após tratativas para uma potencial transação entre as companhias. A Suzano diz que alcançou o que entende ser o preço máximo para que o negócio gerasse valor, sem que houvesse engajamento da outra parte.

“Portanto, em observância ao seu compromisso com a disciplina de capital, a Suzano formaliza que não seguirá na busca de uma transação envolvendo a aquisição da International Paper”, diz o comunicado, reiterando que sempre foi condição da Suzano para a concretização da transação que houvesse o “engajamento entre as partes em bases privadas, confidenciais e amigáveis”.

“Não tendo sido possível avançar dessa forma, a Suzano optou por encerrar as tratativas”, conclui a empresa.

No final de maio, a Suzano confirmou interesse nos ativos da International Paper, mas disse que não havia acordo, decisão ou deliberação dos órgãos de administração da companhia em relação a uma potencial operação.

No início daquele mês, a agência Reuters divulgou que a empresa estaria com proposta de US$ 15 bilhões para aquisição da IP, fato que derrubou a ação da ordinária da companhia na época.

A aquisição da IP teria como principal alvo as áreas de embalagem de papelão — apenas nos EUA, a empresa detém mais de 30% desse mercado — e de celulose fluff, matéria-prima para fabricação de fraldas e outros itens de higiene.

A operação, caso se confirmasse e fosse aprovada pelos acionistas da IP, marcaria um processo de internacionalização da companhia brasileira, que é controlada pela família Feffer. O negócio incluiria um conjunto de 28 fábricas de celulose, papel e embalagens e cerca de 200 unidades de conversão de caixas de papelão e 18 unidades de reciclagem em vários países no mundo (Estadão, 27/6/24)