Suzano Papel e Celulose reverte prejuízo e lucra R$358 mi no 4º tri
A Suzano Papel e Celulose teve lucro líquido de 358 milhões de reais no quarto trimestre, revertendo resultado negativo de 440 milhões de reais um ano antes devido a quedas nos preços da celulose e investimento em novas fábricas.
A companhia teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,425 bilhão de reais, expansão de 58 por cento no comparativo anual e de 20,2 por cento sobre o terceiro trimestre.
O resultado foi divulgado dias após a rival Fibria também divulgar reversão de resultado com lucro de 280 milhões de reais no quarto trimestre, apoiada em aumento nos preços da celulose e expansão de produção.
A Suzano também anunciou com o resultado que sua marca de papel higiênico, batizada de Max Pure, teve a fabricação iniciada em 25 de janeiro. O foco de comercialização da empresa são as regiões Norte e Nordeste.
A companhia teve crescimento de 25,8 por cento na receita líquida do quarto trimestre sobre um ano antes, para 3,142 bilhões de reais, e avançou 21 por cento no comparativo com o trimestre anterior.
O crescimento veio apesar de vendas menores de celulose no comparativo anual. O volume vendido no quarto trimestre somou 953 mil toneladas, queda de 0,5 por cento sobre um ano antes. Sobre o terceiro trimestre, houve alta de 14,8 por cento.
A produção de celulose caiu 5,4 por cento sobre o quarto trimestre de 2016, para 884 mil toneladas.
O custo caixa de celulose, excluindo paradas de manutenção, foi de 614 dólares a tonelada, alta de 44 dólares sobre um ano antes, “em decorrência, principalmente, do aumento do custo com madeira, em função do maior raio médio no mix de abastecimento”, afirmou a companhia no balanço.
A empresa manteve objetivo de atingir custo caixa de 570 reais toneladas este ano e de 475 reais entre 2021 e 2022.
A Suzano terminou dezembro com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 2,1 vezes ante 2,6 vezes um ano antes e 2,3 vezes no terceiro trimestre de 2017 (Reuters, 7/2/18)