Suzano tem lucro de R$ 10 bilhões no 2º tri
A Suzano divulgou nesta quarta-feira (11) crescimento no resultado do segundo trimestre, impulsionada por efeitos financeiros e também por preços maiores de celulose.
A companhia apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 5,94 bilhões para o período de abril ao fim de junho, crescimentos de 22% na base trimestral e de 42% na relação anual.
Analistas, porém esperavam que a Suzano reportasse Ebitda de R$ 6,66 bilhões, em média, segundo dados da Refinitiv.
O lucro líquido da maior produtora de celulose de eucalipto do mundo somou cerca de R$ 10 bilhões, revertendo prejuízos de R$ 2,75 bilhões dos três primeiros meses deste ano e de R$ 2 bilhões do segundo trimestre de 2020.
A expectativa média de analistas, segundo a Refinitiv, apontava lucro líquido de R$ 6,8 bilhões para a Suzano no período.
A companhia registrou um resultado financeiro positivo de R$ 9,74 bilhões, revertendo saldos negativos apurados no início do ano e no segundo trimestre do ano passado. Isso deveu-se a um resultado positivo de variação cambial da ordem de R$ 6,9 bilhões entre abril e junho, além de resultado também positivo de R$ 3,7 bilhões em operações com derivativos.
A empresa teve receita líquida de R$ 9,84 bilhões no segundo trimestre, aumento trimestral de 11% e crescimento de 23% na relação com um ano antes.
O desempenho foi apoiado em um aumento no preço médio da celulose de 35% sobre o segundo trimestre do ano passado, para US$ 636 (R$ 3.308) a tonelada. Além disso, o preço médio do papel cresceu 9% na mesma comparação, para US$ 4.731 (R$ 24.607) a tonelada.
O custo caixa de produção de celulose, porém, também subiu, 13% sobre o segundo trimestre do ano passado, para US$ 680 (R$ 3.536) a tonelada.
No período, a Suzano teve vendas de 2,54 milhões de toneladas de celulose, queda de 9% sobre o mesmo período de 2020. As vendas de papéis subiram 26%, para 296 mil toneladas.
A Suzano terminou junho com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 3,1 vezes em reais e 3,3 vezes em dólares. Quedas ante os níveis de 4 e 3,8 vezes, respectivamente, apurados no primeiro trimestre (Reuters, 11/8/21)