09/04/2025

Tarifaço dos EUA segue pressionando agrícolas em Nova York

Tarifaço dos EUA segue pressionando agrícolas em Nova York

Café fechou com alta de 0,55%, cotado a US$ 3,419 a libra-peso. Foto Pixabay

 

Após tarifas, há temores de que a alta nos preços e a queda na demanda provoque uma recessão global.

 

As tarifas protecionistas levantadas pelos EUA contra diferentes países continuaram dando o tom das negociações das commodities agrícolas na bolsa de Nova York nesta terça-feira (8/4). Apesar dos fundamentos de alta, com queda na produção mundial, o cacau encerrou o dia com alta de 3,44%, cotado a US$ 7.721 a tonelada com entrega para julho.

O mesmo ocorreu com o café arábica. Os contratos com vencimento em maio fecharam com alta de 0,55%, cotados a US$ 3,419 a libra-peso com entrega para maio. Segundo analistas, a desvalorização reflete a aversão a riscos do mercado em meio à escalada tarifária iniciada pelos EUA.

 

“O café está sendo tarifado, embora os EUA não produzam nenhum, exceto uma pequena quantidade cultivada no Havaí. Os produtos do Vietnã estão sendo tarifados em um grau significativo. A falta de ofertas do Brasil continua com a queda dos preços”, observa o analista Jack Scoville em seu boletim diário.

 

Com a entrada em vigor das tarifas, há temores de que a alta nos preços e a queda na demanda provoque uma recessão global, prejudicando o comércio internacional.

 

No caso do açúcar demerara, a desvalorização do real frente ao dólar também motivou a queda das cotações. Com o real mais fraco, há maior estímulo para as exportações do país, maior produtor mundial da commodity. Com isso, os papéis com vencimento em maio fecharam com queda de 1,98%, cotados a 18,31 centavos de dólar a libra-peso.

 

Por fim, os contratos futuros do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) registraram alta de 10,74%, cotados a US$ 2,3465 a libra-peso com entrega para maio, enquanto os do algodão de mesmo vencimento registraram queda de 0,65%, cotados a 65,55 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural, 8/4/25)