05/11/2019

TV BrasilAgro: A 2ª parte do protagonismo e da saga das biocombustíveis

TV BrasilAgro: A 2ª parte do protagonismo e da saga das biocombustíveis

O TV Brasilagro desta semana leva ao ar a segunda parte da entrevista que o empresário Maurilio Biagi Filho concedeu ao jornalista Ronaldo Knack e onde fica evidente e marcado o seu protagonismo na produção de biocombustíveis e de energias limpas e renováveis.

Mesmo antes do surgimento do ProÁlcool, o mais bem sucedido programa de governo do Brasil, Maurilio Biagi Filho já se preocupava em divulgar e mostrar aqui e no exterior, as vantagens de se transformar a cana em açúcar, etanol, energia elétrica e bioquímicos.

Empresas da família Biagi se transformaram em laboratórios de experimentos agrícolas e industriais produzindo a tecnologia ‘verde-amarela’ que colocou o Brasil em destaque na utilização de novos sub-produtos da cana-de-açúcar. A Zanini S/A Equipamentos Pesados alavancou a construção de usinas e destilarias abrindo novas fronteiras agrícolas no Brasil e no exterior.

Na então Usina Santa Elisa, em Sertãozinho (SP), mesmo antes do anúncio do ProÁlcool, a vinhaça era reaproveitada como fertilizante e a energia elétrica consumida era produzida com a queima do bagaço da cana. A produção de grãos (principalmente amendoim e soja) em áreas de renovação da cana a partir de experimentos na Santa Elisa transformou as usinas e os produtores de cana também em produtores de alimentos.

Num almoço no Palácio dos Bandeirantes com o governador Geraldo Alckmin em 2003, Maurilio Biagi Filho o convenceu que a redução da alíquota do ICMS de 25% para 12% do etanol hidratado reduziria a sonegação fiscal e aumentaria a arrecadação estadual. A medida foi anunciada poucas semanas depois e acabou sendo seguida por outros governadores.

Em 2014, durante a cerimônia oficial de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio da ABAG, o então presidente da entidade, Luiz Carlos Corrêa Carvalho homenageou o governador Geraldo Alckmin por ter viabilizado a produção e o consumo do etanol no País ao reduzir o ICMS incidente sobre o biocombustível.

Em 2004, durante evento promovido em Ribeirão Preto com o apoio do BrasilAgro, foi lançado oficialmente um programa para a produção de biodiesel, iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia. Maurilio não fora convidado para  o evento, mas compareceu e, convidado pelo mestre de cerimônia, sentou-se à mesa dos trabalhos presidida pelo então ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

Foi apresentado como membro do Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e contrariando o protocolo do evento, feito pelo MCT, convidado para fazer uso da palavra.Ele fez um ‘mea-culpa’ dizendo que os usineiros deveriam ter lançado junto com o ProÁlcool um programa de biodiesel, combustível usado para movimentar as frotas de caminhões, tratores, tratores e colheitadeiras.

No dia seguinte, ele enviou ao presidente Lula mensagem dizendo da importância do biodiesel e acabou sendo convidado para levar à Brasília representantes da academia (Faculdade de Química da USP/Ribeirão Preto)  que estavam desenvolvendo o projeto deste novo biocombustível. Em dezembro de 2004 o presidente Lula anunciava o lançamento oficial do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel.

A história da doação de um carro ‘flex-fuel’ produzido no Brasil pela Fiat ao ditador cubano Fidel Castro; a presidência do Comitê de Agroenergia e de Biocombustíveis da Sociedade Rural Brasileira e presidência da Agrishow;  o título concedido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos como “Person of the year 2003” e entregue em jantar de gala no The Plaza Hotel em Nova York.

O futuro dos biocombustíveis, a pegada das energias limpas renováveis na emblemática questão ambiental. Estes, dentre outros, são alguns dos temas citados nesta série de dois programas e destaques que fazem de Maurilio Biagi Filho o grande protagonista e líder na saga dos biocombustíveis e do agronegócio brasileiro. A 2ª parte da sua entrevista pode ser assistida na Web TV do www.brasilagro.com.br.