União Europeia aumenta venda de agrotóxicos para o Brasil
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Brasileiros gastam mais com as indústrias da França, Bélgica e Alemanha.
A União Europeia, muito combativa com o sistema de produção brasileiro, vem aumentando o fornecimento de agrotóxicos para o Brasil.
Nos últimos cinco anos, destinaram 270 mil toneladas do produto para o mercado nacional, 13% a mais do que em igual período anterior.
A França, uma das principais atuantes do bloco quando se trata de sustentabilidade, é a que mais lucra com o fornecimento de agrotóxicos para o mercado brasileiro.
Nos últimos cinco anos, o Brasil enviou US$ 1,23 bilhão para as indústrias francesas do setor e recebeu 56 mil toneladas do produto.
Em volume, conforme a classificação da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), a líder foi a Dinamarca, com 79 mil toneladas.
Os maiores gastos dos brasileiros com fungicidas, inseticidas, herbicidas, inibidores de germinação e reguladores de crescimento de plantas, rodenticidas e outros desinfetantes ocorrem na França, na Bélgica e na Alemanha.
No ano passado, o país importou um total de 589 mil toneladas desses produtos, no valor de US$ 4,9 bilhões. Esses valores e volumes foram inferiores aos de 2022, quando atingiram 669 mil toneladas, com gastos de US$ 6,9 bilhões.
Outro insumo de que o Brasil é extremamente dependente do mercado externo são os fertilizantes. Em 2023, as importações somaram 41 milhões de toneladas, volume próximo ao do recorde de 41,6 milhões de 2021.
A acomodação dos preços internacionais, após o pico de alta provocado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, fez com que os gastos brasileiros diminuíssem.
Mesmo com um volume próximo ao recorde, as despesas recuaram para US$ 14,7 bilhões, em 2023, bem abaixo dos US$ 24,7 bilhões do ano imediatamente anterior.
A Rússia se mantém como principal fonte desse insumo para os brasileiros, fornecendo 9,4 milhões de toneladas. China e Canadá vieram a seguir, segundo dados da Secex (Folha, 11/1/24)