12/07/2019

Unidade EMBRAPII assina parceria para incentivar inovação no setor de cana

Unidade EMBRAPII assina parceria para incentivar inovação no setor de cana

Projeto vai contribuir no desenvolvimento do setor evitando prejuízos na ordem de R$ 1 bilhão por safra.

A Embrapa Agroenergia, unidade que integra a rede EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), assinou nesta quinta-feira (11), um contrato para desenvolver variedades de cana-de-açúcar resistentes ao bicudo-da-cana (Sphenophorus levis), larva de besouro considerada uma das principais pragas deste cultivo. A parceria foi firmada com a startup Pangeia Biotech durante o “Seminário Pesquisas com cana-de-açúcar na Embrapa Agroenergia”, evento que reuniu gestores públicos, pesquisadores e parlamentares para debater inovações e desafios no setor sucraenergético.

Para chegar a este produto, totalmente inédito no mercado, foram selecionados quatros genes, três deles comumente usados na cultura de milho no Brasil, que agora serão adaptados para a cana.  Os pesquisadores já iniciaram os procedimentos com alguns destes genes em laboratório e os resultados foram promissores. O projeto tem custo de R$ 300 mil (R$ 100 mil financiados pela EMBRAPII) e previsão de conclusão de 2 anos.

Este tipo de praga é de difícil combate e pode causar prejuízos equivalente a R$ 1 bilhão por safra, além de reduzir a longevidade dos canaviais, os quais muitas vezes não passam do segundo corte. “A adoção de produtos químicos para prevenir o bicudo-de-cana é pouco eficiente porque ele se aloja na raiz da planta, o que dificulta a ação do químico. A estratégia de engenharia genética é analisar e verificar a viabilidade técnica de seu uso no desenvolvimento de novas variedades de cana com interesse comercial”, conta Hugo Molinari, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do projeto.

Financiamento EMBRAPII

A Empresa mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério da Educação (MEC) e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais.

"Este é o segundo projeto que apoiamos desta startup. O primeiro, na reta final, tem como objetivo combater a broca (da cana). Agora, estamos atuando no enfrentamento do bicudo-da-cana e já há um terceiro projeto para os problemas da seca. São propostas de aprimoramento genético para aumentar a resistência das plantas e a produtividade da cana, um importante produto do agronegócio brasileiro", destacou Carlos Eduardo Pereira, diretor de operações da EMBRAPII.

O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a EMBRAPII pode investir até 1/3 das despesas das Unidades com projetos de PD&I (recursos não-reembolsáveis), enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a Unidade. Ao compartilhar riscos de projetos com as entidades (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas no mercado interno e internacional (Assessoria de Comunicação, 11/7/19)