Universidade promove evento: “Defender a vida, combater o agronegócio”

Foto Divulgação
Por Antonio Cabrera, ex-ministro da Agricultura
“Viajei essa noite de Chicago para Guarulhos (via conexão) e agora de manhã estou em outra conexão para Roraima.
É uma experiência fascinante você sair da faixa temperada e saber que também uma parte do Brasil planta junto com os EUA.
É isso mesmo: somos uma potência agrícola que planta nos 2 Hemisférios.
A ironia é que, enquanto aguardo a minha conexão, estou lendo que hoje começa uma atividade em uma universidade pública, a Universidade Estadual de Maringá (UEM), cujo título é:
“Defender a vida, combater o agronegócio”
Primeiramente, tenho que aceitar que a ignorância é audaciosa.
Ora, como defender a vida e combater aquele que alimenta o corpo?
Segundo, é o rumo que a maioria de nossas universidades tomou no Brasil.
A educação é um dos pilares para o futuro do Brasil.
Mas não essa educação gerada em grande parte de nossas universidades que atualmente são madrassas do marxismo e de uma ideia repugnante de que o Brasil é um país apenas com defeitos.
Ao contrário do que escrevi acima, nossos professores ativistas propagam uma desinformação vergonhosa entre os nossos jovens.
Já afirmei que a coisa mais triste sobre o colapso do ensino superior pode não ser o fato de ser um mau presságio para o futuro do nosso país, embora isso seja certamente deprimente.
É que as universidades, como a UEM, estão defraudando os seus estudantes.
Esses vulgos educadores estão roubando de nossos jovens estudantes uma oportunidade única na vida de receberem uma verdadeira educação: uma que lhes abra as mentes aos notáveis avanços e modernização de nosso agronegócio.
Eventos como esse da UEM não são sobre educação, ou sobre ensinar e transmitir conhecimentos. Sua única preocupação é criar os meios para uma revolução marxista.
Ensina os alunos a terem aversão ao trabalho, ao empreendedorismo, às instituições e um gratuito ataque ao setor rural brasileiro.
São indivíduos que não ajudam o país a produzir, competir ou avançar.
São propagadores de chavões esquerdistas e que vomitam desinformação sobre o nosso campo.
Eu entendo que não há a menor perspectiva de reação de uma entidade como a UEM, porque a forma de gestão autônoma e descentralizada das IES traz um componente de impossibilidade de mobilização por parte dos reitores, que se veem completamente reféns de um modelo inadministrável.
É preciso uma forte mobilização da sociedade, no caso do Paraná, para que a solução venha de fora.
Caso contrário, continuaremos “dormindo com o inimigo”, onde nossos jovens continuam sendo vítimas de uma bola de demolição gigante que está causando estragos irremediáveis no seu futuro (Antonio Cabrera é ex-ministro da Agricultura; 17/6/25)