USDA confirma Brasil líder global no mercado de soja
O Brasil, líder global no mercado de soja, produziu um recorde de 119 milhões de toneladas da oleaginosa neste ano (safra 2017/18), estimou nesta terça-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que elevou em 2 milhões de toneladas a sua estimativa na comparação com a visão do mês anterior citando a produtividade.
O USDA ainda elevou em 1 milhão de toneladas, para 118 milhões de toneladas, a projeção da nova safra de soja do Brasil (2018/19), que será plantada a partir de setembro.
“Uma maior tendência de produtividade para a safra 2018/19 do Brasil reflete a colheita e os rendimentos da temporada 2017/18, que foi elevada em 2 milhões de toneladas...”, disse o USDA em nota.
Para a associação da indústria de soja do Brasil, a Abiove, a estimativa do USDA da safra de 2017/18 do país indica a liderança dos brasileiros —já os maiores exportadores do mundo— também na produção global do produto. Isso já havia sido apontado em maio.
Ainda que, para o USDA, os EUA tenham colhido 119,5 milhões de toneladas em 2017/18, a indústria do setor no país considera o ano calendário para tal avaliação.
Para 2018/19, a expectativa do departamento dos EUA é de uma safra norte-americana em 116,5 milhões de toneladas, a ser colhida neste ano.
Pelo critério do USDA, portanto, o Brasil superaria os EUA na produção de soja somente na safra 2018/19.
Com uma produção brasileira maior, o USDA elevou as projeções de exportação do país na safra 2017/18 e 2018/19.
As exportações do Brasil em 2018/19 foram projetadas em 72,95 milhões de toneladas no relatório de junho, ante 72,3 milhões em maio.
Para 2017/18, as exportações do Brasil estão estimadas em 74,65 milhões de toneladas, enquanto os embarques dos EUA foram projetados em 56,2 milhões de toneladas.
O USDA previu ainda que o Brasil deverá colher 96 milhões de toneladas de milho em 2018/19, estável frente o relatório de maio, mas acima dos 85 milhões esperados para este ano, em uma temporada que está sendo prejudicada pela seca (Reuters, 12/6/18)