USDA reduz previsão de safra de soja do Brasil em 5 mi t, para 117 mi t
A safra de soja 2018/19 do Brasil foi estimada em 117 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos EUA, queda de 5 milhões de toneladas ante a previsão anterior, uma vez que as lavouras em várias partes do país foram atingidas pela seca e altas temperaturas nos últimos meses.
A projeção desta sexta-feira do USDA ficou em linha com a expectativa do mercado, de 116,99 milhões de toneladas. A colheita 2018/19 do país, maior exportador global da oleaginosa, está em andamento.
A estimativa do USDA aponta uma redução de 3 por cento na safra brasileira na comparação com o recorde da temporada anterior, quando o Brasil superou a colheita norte-americana pela primeira vez na história.
Em 2017/18, segundo o USDA, os EUA colheram 120,07 milhões de toneladas, enquanto o Brasil teve produção de 120,8 milhões de toneladas.
A colheita da temporada 2018/19 no Brasil está em ritmo acelerado, o que deverá gerar embarques de cerca de 6 milhões de toneladas em fevereiro, segundo a programação de navios.
Em Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, com mais de um quarto da produção nacional, a colheita atingiu até esta sexta-feira 53,23 por cento da área total, 24,60 pontos percentuais à frente do mesmo período do ano passado, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A safra foi antecipada por boas condições climáticas, com chuvas favoráveis durante o período de plantio, antes de o clima ficar irregular no desenvolvimento das lavouras em importantes regiões produtoras.
MILHO
O USDA ainda manteve a previsão de safra de milho do Brasil 94,50 milhões de toneladas, com o cereal sofrendo menos os efeitos da seca, até porque a maior parte da produção do grão no país é na segunda safra, que está sendo plantada.
Na temporada passada, quando o clima reduziu a safra brasileira, a produção foi estimada pelo USDA em 82 milhões de toneladas (Reuters, 8/2/19)