Vamos cumprir o projeto de Deus – Por Tarcisio Angelo Mascarim
A maldade, a corrupção, o poder e a riqueza sempre foram os entraves para o cumprimento do projeto de Deus pela humanidade, segundo o qual o povo de Deus deve tê-Lo como único Senhor, conviver com as pessoas na fraternidade e repartir as coisas criadas por Ele para todos.
De acordo com a Bíblia, desde a criação do mundo e da criação do homem e da mulher, já existe o não cumprimento do projeto de Deus. Os moradores do Jardim do Éden – Adão e Eva – desobedeceram Sua ordem de não comer da árvore proibida. Porém, a astuta serpente convenceu primeiro Eva a comer a maçã e ela a ofereceu a Adão, que também comeu. A consequência foi a expulsão deles do Jardim do Éden para viverem à custa do próprio trabalho.
Adão e Eva tiveram os filhos Caim, que cultivava o solo, e Abel, que era pastor de ovelhas. Infelizmente, Caim, movido pelo ciúme que tinha do irmão, matou Abel. Este foi o primeiro crime praticado.
Outra passagem histórica foi quando Javé viu que a maldade do homem crescia na Terra e que todo projeto do coração humano era sempre mau. Então, ele se arrependeu de ter feito o homem sobre a Terra. Com o coração magoado, disse: “Vou exterminar da face da Terra os homens que criei e junto, também, os animais, os répteis e as aves do céu, porque me arrependo de os ter feito. Meu sopro de vida não permanecerá para sempre no homem, pois ele é carne, e não viverá mais do que cento e vinte anos”. Noé, porém, encontrou graças aos olhos de Javé, que o recomendou que construísse uma arca e levasse toda a família e casais dos animais, répteis e aves. Após a construção da Arca de Noé, Javé mandou o dilúvio durante 40 dias e noites e, desta forma, liquidou toda a humanidade restante, salvando-se apenas a arca, cujos componentes deveriam obedecer e atender ao projeto de Deus.
Porém, infelizmente, o povo continuou não cumprindo o que Deus projetou e seguiu no pecado, sendo preciso que Ele mandasse seu filho unigênito, Jesus Cristo, por meio de uma virgem, Maria, para transmitir as mensagens necessárias para o cumprimento do Seu projeto.
Antes de começar a transmitir ao povo suas mensagens, Jesus foi tentado três vezes, depois de ficar em jejum durante 40 dias e 40 noites.
Mesmo transmitindo suas mensagens para a nossa salvação e curando milhares de doenças, Jesus foi traído por um dos seus apóstolos, Judas Iscariotes, condenado e crucificado pelo povo. Foi enterrado e, depois de três dias, ressuscitou dos mortos para o perdão dos nossos pecados, desde que tenhamos a fé e acreditemos na sua ressurreição.
Os demais apóstolos, após a ida de Jesus para o céu com a promessa de que voltaria, continuaram a transmitir Suas mensagens. Mas, a maldade continuava com a humanidade e, dos 12 apóstolos, 11 sofreram mortes horríveis pelas mãos do povo.
Voltando a um passado recente, no centro do Vaticano, também houve dificuldades para o cumprimento do projeto de Deus, pois 10 papas particularmente ruins praguejaram a Igreja do século 10 ao 16.
Nessa época, havia uma enorme promiscuidade entre a política dos nobres e a da Igreja, e pessoas sem qualquer formação religiosa – ou sequer interesse na vida religiosa – podiam chegar ao Trono de Pedro.
A corrupção desses papas seria um dos motivadores da Reforma Protestante. E a Reforma mudaria a dinâmica do poder entre reis e papas, também pondo uma enorme pressão sobre a Igreja Católica, encerrando a era dos escândalos. Esses papas praticaram massacres, prostituições, assassinatos, estupros e até venda do Trono de Pedro.
Tomo a liberdade de transmitir aos leitores o nome dos 10 papas mais infames da História, com destaque para dois deles, os quais acredito ser os piores: Urbano VI e Alexandre VI.
1- Estêvão VI (896-897): Reanimator;
2- Sérgio III (904-911): Reanimator II – A paródia pornô;
3- João XII (955-964): O papa Ricardão;
4- Benedito IX (1032-1044,1045,1047-1048): O vendedor do Trono de Pedro;
5- Inocente IV (1243-1254): O pai da tortura;
6- Bonifácio VIII (1294-1303): Ele queria dominar o mundo (e era ateu);
7- Urbano VI (1378-1389): Choro e ranger de dentes – Seu problema era a falta de diplomacia. Austero e propenso a ataques de fúria, era tão detestado que os cardeais elegeram um segundo papa em seu mandato. Isso deu início ao Cisma do Ocidente, quando o catolicismo teve dois líderes rivais, entre 1378 e 1417, causando até mesmo uma guerra civil em Portugal, entre facções que apoiavam papas rivais. Sua “solução” foi mandar torturar os cardeais que o rejeitaram, reclamando que não ouvia gritos o suficiente;
8- Alexandre VI (1492-1503): Negócio em família – Membro da família Bórgia, comprou o título, subornando os cardeais. Foi um investimento: por todo seu papado – no qual, aliás, gerou 7 filhos bastardos – desviou dinheiro para a família, vendeu posições eclesiásticas e mandou matar “hereges” para confiscar sua propriedade. Na imaginação popular, ainda hoje “Bórgia” é sinônimo de libertinagem – a lenda mais picante é que teria cometido incesto com a própria filha;
9- Leão X (1513-1521): Papado ostentação;
10- Clemente VII (1523-1534): O destruidor acidental da Renascença.
Para ler o que cada um destes papas fez, acesse o site aventurasnahistoria.uol.com.br.
Graças a Deus, não tivemos mais incidentes com os demais papas e esperamos que o Papa Francisco trabalhe junto ao povo, para o cumprimento do projeto de Deus, e consiga a conversão dos pecadores junto aos seus padres e bispos, leve a juventude a reconhecer a divindade do Senhor e consiga a união de todas as igrejas católicas, cristãs do mundo, para o fortalecimento de nossa fé, junto a Deus (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia mais artigos no blog www.tarcisiomascarim.com.br)