17/07/2018

Vamos escolher bem os nossos candidatos – Por Tarcisio Angelo Mascarim

Vamos escolher bem os nossos candidatos – Por Tarcisio Angelo Mascarim

Com a aproximação das eleições, vamos ter que escolher bem os nossos candidatos. Por esta razão, aconselho os nossos eleitores a pesquisarem – na internet, por exemplo – se os candidatos têm problemas com a justiça, se têm ideias de levar o país para a sua recuperação ou se simplesmente irão seguir países como a Venezuela e trazer de volta a triste ditadura. Enfim, pesquisem a fundo para votar naqueles que serão capazes de manter a democracia no País e de resolver os problemas econômicos deixados por governos anteriores.

Assim sendo, tomo a liberdade de transcrever aos nossos leitores uma mensagem do Papa Francisco, detalhando o que é, o que foi feito e está sendo feito em ditaduras, com o título “Vocês sabem como as ditaduras fazem para destruir uma pessoa?”, aproveitando postagem de 18/06/2018 no site Vatican News/Redação da Aleteia:

“A homilia de hoje na Casa Santa Marta traz um lembrete crucial na polarização ideológica que vivemos: Como destruir instituições ou pessoas? Começando a falar mal delas. Foi à ‘comunicação caluniosa’ que o Papa Francisco dedicou a homilia da missa de hoje na Casa Santa Marta.

A sua reflexão parte da história de Nabot, narrada na Primeira Leitura, do Livro dos Reis.

O rei Acab deseja a vinha de Nabot e lhe oferece dinheiro. Aquele terreno, porém, faz parte da herança dos seus pais e Nabot rejeita a proposta. Então Acab fica chateado, ‘como as crianças quando não conseguem o que querem’.

Sua cruel esposa, Jezabel, aconselha o rei a acusar Nabot de falsidade, matá-lo e assim tomar posse da sua vinha. Nabot – notou o Papa – é um ‘mártir da fidelidade à herança’ que tinha recebido de seus pais: uma herança que ia além da vinha, porque era ‘uma herança do coração’.

Os mártires condenados com as calúnias – Para Francisco, a história de Nabot é paradigmática da história de Jesus, de Santo Estêvão e de todos os mártires que foram condenados num cenário de calúnias. Mas é também paradigmática do modo de proceder de tantas pessoas, de ‘tantos chefes de Estado ou de governo’: começa-se com uma mentira para ‘depois destruir uma pessoa, uma situação, com aquela calúnia’.

Como as ditaduras adulteram a comunicação – ‘Também hoje, em muitos países, é usado este método: destruir a livre comunicação’. – O Papa mencionou um exemplo: se existe uma legislação sobre a mídia, cancela-se aquela legislação e se concede todo o aparato da comunicação a uma empresa, a uma sociedade que faz a calúnia, diz falsidades, enfraquece a vida democrática. Depois vêm os juízes para julgar as instituições enfraquecidas, as pessoas destruídas, e condená-las. Assim vai adiante uma ditadura. As ditaduras, todas, começaram assim, adulterando a comunicação para colocá-la nas mãos de uma pessoa sem escrúpulos, de um governo sem escrúpulos.

A sedução dos escândalos – ‘Também na vida cotidiana é assim. Se quero destruir uma pessoa, começo com a comunicação: falar mal, caluniar, dizer escândalos’.

E comunicar escândalos, prosseguiu o Papa Francisco, é um fato que gera enorme sedução. Seduz-se com os escândalos. As boas notícias não são sedutoras: ‘Sim, que bonito o que fizeram!’ Mas passa... Já um escândalo: ‘Mas você viu? Viu só? Você viu o que o Fulano fez? Aquela situação... Mas assim não dá, não tem como!’ E assim a comunicação cresce – e aquela pessoa, aquela instituição, aquele país acaba na ruína. No fim das contas, não se julgam as pessoas: julgam-se as ruínas das pessoas ou das instituições, porque elas não podem se defender.

A perseguição promovida pelas ditaduras – ‘A sedução do escândalo na comunicação destrói’, como aconteceu com Nabot, que só queria ser fiel à herança dos seus antepassados, sem vendê-la. Neste sentido, também é exemplar a história de Santo Estevão, que faz um longo discurso para se defender, mas aqueles que o acusavam preferem apedrejá-lo em vez de ouvir a verdade. ‘Este é o drama da avidez humana’, afirma o Papa.

Muitas pessoas, muitos países foram destruídos por ditaduras malignas e caluniosas. Pensemos, por exemplo, nas ditaduras do século passado ou na perseguição contra os judeus, sugeriu o Papa, que, recentemente, desmascarou a brutalidade do regime comunista soviético. Uma comunicação caluniosa contra os judeus e eles acabavam em Auschwitz, porque, dizia-se, ‘eles não mereciam viver’. É um horror, mas um horror que acontece hoje: nas pequenas sociedades, nas pessoas e em muitos países. O primeiro passo é se apropriar da comunicação e, depois da destruição, vem o julgamento e a morte.

Reler a história de Nabot – O Apóstolo Tiago fala precisamente da ‘capacidade da comunicação malvada’, recordou o Papa, que, ao encerrar a homilia, exortou os fiéis a relerem a história de Nabot no capítulo 21 do Primeiro Livro dos Reis e a pensarem em ‘tantas pessoas destruídas, em tantos países destruídos, em tantas ditaduras com ‘luvas brancas’ que destruíram sociedades inteiras.”

Portanto, é preciso estarmos atentos para evitar que maus candidatos nos levem à ditadura. Por isso, insisto que vocês pesquisem com determinação e não votem em maus candidatos. Só assim poderemos ter um governo que visem a nossa recuperação e tragam o nosso país ao desenvolvimento econômico que merecemos (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia mais artigos no www.tarcisiomascarim.com.br)