25/01/2021

Wilson Ferreira Junior renuncia ao cargo de CEO da Eletrobrás

Wilson Ferreira Junior renuncia ao cargo de CEO da Eletrobrás

Legenda: Wilson Ferreira Junior, CEO da Eletrobras Foto: Amanda Perobelli/Reuters

 

O executivo Wilson Ferreira Junior renunciou ao cargo de CEO da Eletrobrás, que ocupava desde 2017, quando foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer. Renúncia do executivo é vista como sinal de revés para os planos de privatização da empresa.

 

 

De acordo com o comunicado da empresa, Ferreira alegou motivos pessoais para deixar o posto. Ele havia sido indicado com a missão de reestruturar a empresa e prepará-la para um processo de privatização.

O então CEO ocupa o cargo até o dia 5 de março e deve fazer um pronunciamento ao mercado nesta segunda-feira, 25, às 15h (horário de Brasília). 

Na semana anterior à renúncia de Ferreira, as ações da Eletrobrás chegaram a se desvalorizar mais de 10%. Com a renúncia, o temor do mercado é que o processo de privatização esteja ameaçado.

Leia abaixo a íntegra do comunicado da Eletrobrás

"Centrais Elétricas Brasileiras S/A ('Companhia' ou 'Eletrobras') (B3: ELET3, ELET5 & ELET6; NYSE: EBR & EBR.B; LATIBEX: XELT.O & XELT.B) informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que, nesta data, Wilson Ferreira Junior, atual Presidente da Companhia e membro do Conselho de Administração, renunciou ao cargo de Presidente da Companhia, por motivos pessoais.

Wilson permanecerá no referido cargo de Presidente até o dia 5 de março de 2021, permitindo a adequada transição para seu sucessor, ainda a ser indicado.

A Companhia aproveita o ensejo para agradecer ao Wilson por sua reconhecida liderança na reestruturação organizacional e financeira do Sistema Eletrobras durante seu mandato de cerca de 4,5 anos. Sob sua gestão, a Companhia atingiu lucros históricos, reduziu sua alavancagem a patamares compatíveis com a geração de caixa, reduziu custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência, colocou em operação obras atrasadas, simplificou a quantidade de participações acionárias, com a venda, incorporação e encerramento em cerca de 90 sociedades de propósito específico, aprimorou seu Programa de Compliance, padronizou estatutos sociais e alçadas de aprovação das Empresas Eletrobras e resolveu contenciosos importantes nos Estados Unidos decorrentes de reflexos da Operação Lava Jato, dentre outras realizações relevantes (O Estado de S.Paulo, 25/1/21)